Grande parte do resultado de alta é puxada pela conta de luz, já que a energia elétrica ficou 16,8% mais cara em fevereiro
A inflação atingiu o maior nível para fevereiro em 22 anos. Alinhada com as expectativas de mercado, a taxa de 1,31% m/m é a maior para o mês desde 2003 (1,57%). Na comparação entre todos os meses, é a mais elevada desde março de 2022 (1,62%). Grande parte do resultado de alta é puxada pela conta de luz, já que a energia elétrica ficou 16,8% mais cara em fevereiro. Esse reajuste não foi devido à alta de preços em si, mas ao fim do desconto do bônus de Itaipu que incidiu em janeiro.
Com a tarifa de energia ocupando cada vez mais espaço no bolso dos brasileiros, crescem as buscas por soluções de energias sustentáveis para economizar nos gastos com conta de luz. Para faturas acima de R$ 10 mil, o consumidor pode migrar para o mercado livre de energia, onde não há incidência de bandeira tarifária e a economia pode chegar a 40%. Já os consumidores menores, inclusive residenciais, podem optar pela geração distribuída e economizar até 15% na conta de luz.
“Para 2025, projetamos um cenário de transformações no setor de energia, impulsionado por avanços regulatórios e a expansão do mercado livre. Com a Portaria MME nº 50/2022, que prevê a abertura total do mercado até 2026, estimamos um crescimento significativo na migração de consumidores, especialmente pequenos e médios, para o ambiente livre. Esse movimento deve ampliar a base de consumidores no mercado livre de 40% a 50% nos próximos dois anos, segundo dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).“
Além disso, a consolidação do Marco Legal da Geração Distribuída (Lei nº 14.300/2022) deverá fomentar um crescimento anual de 25% na adesão a soluções como a energia solar, conforme projeções da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). Esse avanço será fundamental para alcançar as metas nacionais de descarbonização e transição energética, alinhadas ao compromisso global do Brasil no Acordo de Paris”, afirma Sergio Romani, CEO da Genial Energy.
“No contexto macroeconômico, projetamos um cenário desafiador, com taxas de juros elevadas ao longo de todo o primeiro semestre de 2025 e manutenção desses níveis no restante do ano. Essa demanda aquecida continuará gerando pressões inflacionárias, mas também sustentará oportunidades para investimentos estratégicos no setor de energia”, completa Romani.
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