Item freia trajetória de queda da inflação no país, apesar de cenário favorável nos reservatórios de hidrelétricas
A energia elétrica residencial acumulou aumento de 6,79% no primeiro semestre de 2023, mostra levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado integra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (11/07). O número supera a inflação do país no período, que foi de 2,87%.
No mês de junho, a conta de luz seguiu trajetória oposta ao IPCA, que recuou em 0,08%, registrando incremento de 1,43%. Conforme o IBGE, essa foi o principal impacto no grupo Habitação, que teve incremento de 0,69%, a maior variação de alta do período.
O mês ainda marcou uma reversão na tendência de queda anual do item, que ocorria desde o ano passado, após a aprovação de uma medida que limitou a alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia, gás natural, comunicação e transporte coletivo. No acumulado dos últimos doze meses, o item contabilizou aumento de 1,18%, ainda abaixo do IPCA do mesmo período, que foi de 3,16%.
O movimento inflacionário ocorre mesmo em um cenário de condições favoráveis para a geração de energia elétrica, com os reservatórios de hidrelétricas registrando índices positivos. Desde abril de 2022, a Aneel mantém a bandeira tarifária verde, que não traz nenhum valor adicional nas contas de energia elétrica dos consumidores.