Mais de 3,3 milhões de unidades consumidoras em todo o país são atendidas por essa tecnologia, conforme dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
A geração própria de energia solar no Brasil atingiu a impressionante marca de 26 gigawatts (GW) de potência instalada em diversos setores, incluindo residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Mais de 3,3 milhões de unidades consumidoras em todo o país são atendidas por essa tecnologia, conforme dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
A ABSOLAR destaca que mais de 2,3 milhões de sistemas solares fotovoltaicos foram implementados em telhados, fachadas e pequenos terrenos, representando um investimento aproximado de R$ 130,7 bilhões desde 2012. Essa iniciativa gerou mais de 780,1 mil empregos e contribuiu com R$ 39,2 bilhões aos cofres públicos. Vale ressaltar que a energia fotovoltaica já está presente em todos os estados brasileiros e em 5.545 municípios.
Um estudo realizado pela consultoria Volt Robotics, a pedido da ABSOLAR, prevê uma economia líquida na conta de luz dos brasileiros superior a R$ 84,9 bilhões até 2031, com uma média de economia de R$ 403,9 por megawatt-hora.
O presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, destaca que há espaço para crescimento, pois apenas 3,3 milhões das 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo são abastecidas com energia solar distribuída. Ele enfatiza a importância de seguir exemplos de países mais desenvolvidos, como a Austrália, para fortalecer o uso da energia solar no Brasil.
No segmento de geração centralizada, o Brasil possui aproximadamente 11,4 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte. Desde 2012, esses empreendimentos atraíram cerca de R$ 51 bilhões em investimentos, gerando mais de 344,2 mil empregos acumulados e proporcionando uma arrecadação de mais de R$ 17,3 bilhões aos cofres públicos.
A reportagem destaca relatos de pessoas que adotaram a energia solar, como Cesar Carron, que instalou um sistema em sua residência em 2019, alcançando uma economia mensal de aproximadamente R$ 250. Carron destaca não apenas a economia financeira, mas também o fator ecológico da energia limpa.
A professora Edilene Bellatti, que adotou a energia fotovoltaica em 2021, viu sua conta de luz diminuir de cerca de R$ 700 para apenas R$ 120 por mês, resultando em uma economia média de R$ 600 mensais. Além da economia financeira, ela destaca a contribuição para a preservação do meio ambiente.
O conselheiro da ABSOLAR, Rodolfo Meyer, ressalta a democracia da energia fotovoltaica, sendo acessível a proprietários e inquilinos de diversos tipos de propriedades. Ele destaca a queda significativa nos preços dos painéis solares, impulsionada pela produção na China, e enfatiza os benefícios sociais, econômicos e ambientais da energia solar, destacando seu papel como a fonte de energia mais barata e sustentável disponível. Meyer destaca que a energia fotovoltaica gera empregos regionalmente e reduz o uso de termoelétricas, impactando positivamente nas contas de luz e no meio ambiente.