Programa está disponível desde agosto e poderá ser contratado por pessoas físicas, além de pequenas e médias empresas

A predominância de prédios nos grandes centros urbanos cria um entrave para o uso da energia solar pela falta de espaço para instalar os painéis fotovoltaicos.

Além da limitação física, o preço elevado das estruturas necessárias para a captação é um importante inibidor aos clientes.

Ultimamente estas barreiras estão sendo contornadas por serviços de assinatura: a energia solar é gerada em áreas fora da região urbana e distribuída via cabo aos clientes nas cidades.

Bárbara Rubim, vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), vê na prática uma forma de democratizar o acesso de uma maior parcela da população a um sistema de energia menos danoso ao meio ambiente.

Atualmente, a oferta de energia solar por assinatura já possui 6,4 mil usinas instaladas no Brasil, atendendo 1.152 municípios e mais de 300 mil consumidores, segundo dados da entidade.

“Mesmo que o consumidor não tenha telhado ou área para fazer um sistema fotovoltaico, ou que não tenha recursos para adquirir uma placa fotovoltaica, ele pode aderir esse serviço por assinatura”, explica. 

O serviço funciona com o aluguel de uma fração da energia gerada em uma usina próximo da região do cliente. O movimento cria um crédito, computado diretamente na conta de luz.

Segundo dados da Absolar, a adesão ao programa de aluguel de energia solar gera uma economia média de 10% a 15% na conta de luz.

Serviço estreia em São Paulo

De olho neste mercado, a comercializadora de energia iGreen Energy vai estrear o serviço de energia solar por assinatura na Grande São Paulo a partir de agosto. A companhia já atua desde 2017 em áreas do interior e litoral do estado, além de manter operações no Paraná.

O programa estará disponível para pessoas físicas e pequenas e médias empresas na capital e zona metropolitana, totalizando 24 municípios. Para ter acesso, o cliente precisa ser atendido pela rede de baixa tensão da Energisa São Paulo e CPFL Paulista.

A empresa iGreen Energy, prevê que a adesão no novo mercado seja “ainda mais rápida” do registrado em outras regiões onde a companhia atua.

Segundo eles, a região metropolitana de São Paulo se destaca pela grande densidade de prédios, o que dificulta o acesso aos painéis necessários para a captação de energia.

“Nas outras regiões, muita gente ainda tem opção de colocar painéis nos seus telhados, mas São Paulo é extremamente verticalizada, então mais gente está impossibilitada de ter acesso à energia solar”, explica.