“A transição energética deve ser justa, inclusiva e equilibrada. Se nós formos por esse caminho nós vamos criar uma economia com desenvolvimento social.” diz o ministro
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou nesta quarta-feira (26/06) do painel “Agenda Verde e o Desenvolvimento Econômico”, dentro do Fórum Jurídico de Lisboa. Em sua fala, o ministro destacou a importância da economia verde e as potencialidades do Brasil que podem ajudar nessa nova economia.
“Nós queremos chegar na nova indústria, na reindustrialização do Brasil. E temos um momento oportuno no G20 no Brasil e na COP, no ano que vem. Temos de mostrar nossas potencialidades, nossa matriz energética, e discutir com os países industrializados para que realmente façam os investimentos de forma mais justa, inseridos na transição energética, inclusive porque ela traz oportunidades econômicas, a chamada economia verde”,
reforçou Alexandre Silveira.
O Fórum Jurídico de Lisboa tem o tema “Avanços e recuos da globalização e as novas fronteiras: transformações jurídicas, políticas, econômicas, socioambientais e digitais”. Participam dos painéis, acadêmicos, gestores, especialistas, autoridades e representantes da sociedade civil organizada do Brasil e da Europa.
De acordo com o ministro, o Brasil tem todas as condições para receber esses investimentos. “Nosso país tem estabilidade jurídica, tem estabilidade social, estabilidade política então quem quiser investir tem no Brasil solo fértil para isso e manufaturar riquezas e produzir energia e assim vamos valorar a nossa matriz energética. Portanto, não há saída fora da economia verde”,
disse Silveira.
Silveira declarou que tem expectativa de fazer um leilão de baterias no Brasil, e avalia que esta pode ser uma solução para dar estabilidade à geração renovável no país
Durante o evento, o ministro também destacou os investimentos em linhas de transmissão, de mais de R$ 18 bilhões, e a inclusão de baterias nos próximos leilões. “Quero fazer um leilão de baterias no Brasil, que eu tenho a expectativa que as energias intermitentes a curto e médio prazo possam se estabilizar e assim ter tranquilidade para nos dar segurança energética”.
Segundo o ministro, a sustentabilidade deve ser alcançada sem impor custos adicionais aos consumidores regulares, que já contribuíram com a transição para as energias renováveis. “A economia verde se imporá, e as matrizes energéticas mudarão,” destacou Silveira, enfatizando a necessidade de um modelo econômico que beneficie todos sem perpetuar ciclos de subsídios insustentáveis.
O ministro também criticou a abertura do mercado livre no país, classificada por ele como “injusta” já que o pagamento de subsídios seria feito de forma desproporcionalmente maior pelo mercado regulado.
Para finalizar, Alexandre Silveira ressaltou a importância de cuidar do social no contexto da transição energética. “A transição energética deve ser justa, inclusiva e equilibrada. Se nós formos por esse caminho nós vamos criar uma economia com desenvolvimento social. O governo federal e o MME estão buscando o tempo todo segurança energética e modicidade tarifária, sempre pensando nas famílias que mais precisam”, concluiu.
Fonte: MME | Energia, Minerais e Combustíveis