Cerca de 25% dos carros vendidos no mundo em 2025 serão elétricos

Cerca de 25% dos carros vendidos no mundo em 2025 serão elétricos
Cerca de 25% dos carros vendidos no mundo em 2025 serão elétricos - Foto: Reprodução / Freepik AI
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Em torno 22 milhões de veículos eletrificados deverão ser comercializados ao longo do ano, estima relatório da BNEF

O setor automotivo global está em plena transformação, impulsionado por avanços tecnológicos, políticas ambientais e mudanças no comportamento do consumidor. Em 2025, a previsão é que cerca de 25% dos carros vendidos no mundo sejam veículos elétricos, um marco que simboliza a transição para uma mobilidade mais limpa e sustentável. Veja a seguir os fatores que sustentam essa tendência, o panorama brasileiro, os desafios e as oportunidades, além de analisar os impactos futuros, especialmente em relação à demanda elétrica e às baterias.

Panorama Global das Vendas de Veículos Elétricos

A adoção de veículos elétricos cresce em ritmo acelerado em todo o mundo. Segundo projeções da BloombergNEF e de outras consultorias do setor, quase 22 milhões de veículos eletrificados deverão ser comercializados em 2025, respondendo por um quarto do total de vendas globais. A China lidera esse movimento, com expectativa de atingir 4,1 milhões de unidades comercializadas, consolidando-se como o principal mercado de veículos elétricos do planeta.

A Europa e os Estados Unidos também têm registrado avanços expressivos, impulsionados por metas de descarbonização, incentivos fiscais e restrições à venda de automóveis movidos a combustíveis fósseis. Montadoras tradicionais e novas empresas do setor investem pesado em pesquisa e desenvolvimento, ampliando o portfólio de modelos e tornando os veículos elétricos cada vez mais acessíveis e competitivos.

Entre os fatores que impulsionam o crescimento dos veículos elétricos, destacam-se:

  • Políticas públicas de incentivo à mobilidade elétrica
  • Evolução tecnológica, com baterias mais eficientes e baratas
  • Aumento da consciência ambiental entre consumidores
  • Expansão da infraestrutura de recarga em grandes centros urbanos

Situação do Brasil: Crescimento, Desafios e Oportunidades

No Brasil, o mercado de veículos elétricos e híbridos também apresenta sinais de amadurecimento. Em 2025, o segmento cresceu 10% no primeiro trimestre, com quase 40 mil unidades emplacadas, mesmo diante de desafios como a infraestrutura de recarga limitada e a alta carga tributária sobre importação.

Um fenômeno interessante é a preferência nacional pelos híbridos, que cresceram 73% no período, enquanto os elétricos puros registraram queda de 15%. Essa tendência reflete a busca do consumidor brasileiro por soluções intermediárias, que oferecem maior autonomia e flexibilidade diante das limitações da infraestrutura local.

A BYD lidera o mercado de veículos elétricos no Brasil, seguida por marcas como Volvo, GWM, BMW e Renault. A expectativa é de mais de 50 lançamentos de modelos eletrificados no país só em 2025, abrangendo SUVs, sedãs, picapes e subcompactos. Esse movimento deve ampliar a oferta e tornar os veículos elétricos mais acessíveis a diferentes perfis de consumidores.

Apesar do avanço, o Brasil ainda enfrenta desafios importantes para consolidar a mobilidade elétrica:

  • Infraestrutura de recarga insuficiente e concentrada em grandes cidades;
  • Alta carga tributária e ausência de produção local significativa;
  • Custo inicial elevado dos veículos elétricos, especialmente devido ao preço das baterias;
  • Necessidade de políticas públicas mais robustas para incentivar a produção nacional e a infraestrutura de recarga;

Principais Barreiras para a Expansão dos Veículos Elétricos

A consolidação dos veículos elétricos como alternativa viável e massificada depende da superação de algumas barreiras estruturais. A infraestrutura de recarga é um dos principais gargalos, especialmente em países de dimensões continentais como o Brasil. A distribuição desigual de eletropostos limita a autonomia dos veículos elétricos e restringe seu uso a grandes centros urbanos.

Outro desafio é o custo inicial dos veículos elétricos, que ainda é superior ao dos modelos a combustão. Esse diferencial se deve, em grande parte, ao preço das baterias, que representam até 40% do valor total do automóvel. Embora os custos estejam em queda graças aos avanços tecnológicos, a produção local ainda é incipiente, o que eleva os preços devido à importação e à carga tributária.

A ausência de uma política industrial voltada para a mobilidade elétrica também dificulta a expansão do setor. Incentivos fiscais, linhas de financiamento específicas e programas de estímulo à produção nacional de baterias e componentes são essenciais para tornar os veículos elétricos mais competitivos.

Tendências e Perspectivas para o Futuro

O futuro dos veículos elétricos é promissor, com tendências que apontam para uma adoção cada vez mais ampla e acelerada. A transição para a mobilidade elétrica é impulsionada por metas globais de descarbonização e pela crescente pressão por soluções sustentáveis no setor de transportes.

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No Brasil, a chegada de novas fábricas e modelos promete ampliar a oferta e tornar os veículos elétricos mais acessíveis nos próximos anos. A expectativa é que o avanço dos híbridos prepare o terreno para a popularização dos elétricos puros, à medida que a infraestrutura evolui e os custos diminuem.

Montadoras chinesas e europeias desempenham papel estratégico na democratização dos veículos elétricos no país, trazendo tecnologia, escala e competitividade. O Brasil, com sua matriz energética limpa e potencial industrial, tem a oportunidade de se posicionar como protagonista na mobilidade sustentável.

Impactos Futuros: Demanda Elétrica e Baterias

A expansão dos veículos elétricos traz impactos significativos para o setor energético e para a indústria de baterias. À medida que a frota de veículos elétricos cresce, aumenta também a demanda por energia elétrica, exigindo investimentos em geração, transmissão e distribuição.

Estudos indicam que, mesmo com a eletrificação da frota, o impacto sobre a demanda total de energia será gerenciável, desde que haja planejamento e modernização da infraestrutura. A integração de fontes renováveis, como solar e eólica, é fundamental para garantir que a eletrificação da mobilidade contribua efetivamente para a redução das emissões de carbono.

O desenvolvimento de baterias mais eficientes, duráveis e recicláveis é outro ponto crucial. As baterias de íon-lítio, atualmente predominantes nos veículos elétricos, estão em constante evolução, com pesquisas voltadas para aumentar a densidade energética, reduzir o tempo de recarga e prolongar a vida útil.

Além disso, a cadeia de suprimentos de matérias-primas, como lítio, cobalto e níquel, precisa ser fortalecida para atender à crescente demanda. A reciclagem de baterias e o desenvolvimento de tecnologias alternativas, como baterias de estado sólido, são tendências que devem ganhar relevância nos próximos anos.

A afirmação “Demanda elétrica e baterias” resume dois dos principais desafios e oportunidades da mobilidade elétrica. O aumento da frota de veículos elétricos exigirá uma gestão eficiente da demanda elétrica, com investimentos em infraestrutura e integração de fontes renováveis. Ao mesmo tempo, o avanço tecnológico nas baterias determinará a viabilidade econômica e ambiental dos veículos elétricos, influenciando diretamente o ritmo de adoção global.

Conclusão

A previsão de que 25% dos carros vendidos no mundo em 2025 serão veículos elétricos representa um marco na história da mobilidade. Esse avanço é resultado de uma combinação de fatores: políticas públicas, evolução tecnológica, mudanças no comportamento do consumidor e pressão por soluções sustentáveis.

No Brasil, o crescimento do mercado de veículos elétricos e híbridos demonstra o potencial do país para liderar a transição para uma mobilidade mais limpa. No entanto, desafios como infraestrutura de recarga, custo inicial e políticas industriais precisam ser enfrentados para que o setor alcance todo o seu potencial.

O futuro dos veículos elétricos depende da capacidade de governos, indústria e sociedade de colaborar para superar barreiras e aproveitar as oportunidades. Investir em infraestrutura, incentivar a produção local e promover a pesquisa em baterias são passos essenciais para garantir que a mobilidade elétrica contribua efetivamente para a descarbonização e para o desenvolvimento sustentável.

À medida que a demanda elétrica aumenta e as baterias evoluem, os veículos elétricos consolidam-se como protagonistas da nova era da mobilidade, trazendo benefícios ambientais, econômicos e sociais para as próximas gerações. O desafio está lançado – e o Brasil tem todas as condições para ser um dos líderes desse movimento global.

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