Radix aplica expertise em recuperação da Amazônia para ingressar no mercado de carbono

Radix aplica expertise em recuperação da Amazônia para ingressar no mercado de carbono
Radix aplica expertise em recuperação da Amazônia para ingressar no mercado de carbono - Foto: Divulgação / Radix
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Greentech vai remover 21 milhões de toneladas de CO2 para ajudar o Brasil a neutralizar emissões de gases de efeito estufa e ser protagonista mundial

O Brasil chega cada vez mais perto de liderar o cenário de carbono com a entrada da Radix Investimentos Florestais como player do mercado. Com know-how em sistemas florestais e na recuperação da Amazônia e o recente fomento do Fundo Vale, a greentech prevê o sequestro de 21 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera em 50 anos, contribuindo com o país no protagonismo da agenda de transformação ecológica internacional – com atração de investimentos e impulsionamento do desenvolvimento econômico e socioambiental.

“Nosso modelo de plantio de restauração produtiva sucessional nos dá algumas vantagens em relação a métricas operacionais, produtivas e financeiras para realizar a operação, além de sustentabilidade ao seu crescimento. É como se a floresta promovesse financeiramente seu próprio reestabelecimento”, conta Gilberto Derze, sócio fundador da Radix.

Criada em 2015, a empresa faz o plantio de florestas comerciais de madeira tropical e agora volta-se ao mercado de restauração e descarbonização, oferecendo o mecanismo de compensação de carbono para empresas zerarem suas emissões de gases poluentes enquanto financiam a recuperação e a preservação ambiental.

O fomento de R$ 1,3 milhão do Fundo Vale impulsionou o projeto, implantado em 2025 “A Meta Florestal visa proteger e recuperar 500 mil hectares até 2030 e os créditos de carbono desempenham papel importante neste processo. O programa direciona suporte financeiro para negócios de impacto, e a atuação da Radix na recuperação de áreas degradadas, na remoção de CO2 e na preservação da biodiversidade é destacada como relevante”, diz Helio Laubenheimer, especialista em carbono do Fundo Vale.

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Protagonismo brasileiro no mercado de carbono

O comércio de créditos de carbono teve um crescimento global de 65% de 2020 para 2021, segundo o Climate Focus, e ganhou força pela percepção das mudanças climáticas e de seus efeitos – como enchentes e aquecimento global. As pessoas estão mais atentas às questões ambientais e buscam produtos sustentáveis e empresas com responsabilidade ESG.

“Isso certamente monta um sistema de pressão da sociedade para com as empresas, que precisam estabelecer políticas de descarbonização aliadas à compensação de suas emissões a fim de manter seu público, buscar novos consumidores e se adequar às diretrizes internacionais. Para atrair investimentos externos com juros baixos, as empresas no Brasil devem aderir a um processo de descarbonização de seus sistemas produtivos”, diz Derze.

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O Brasil tem potencial para ser protagonista mundial do processo de descarbonização e da luta contra as mudanças climáticas, já que concentra 15% do potencial global de captura de carbono por meios naturais – com chances de atender a 48,7% da demanda, segundo a consultoria McKinsey – e a Radix busca papel de destaque nesse setor. “O país tem uma vasta área dentro da faixa tropical, o que lhe permite, por exemplo, ter uma performance maior em produtividade na produção de madeira e outras culturas capazes de sequestrar os gases de efeito estufa (GEE)”, assinala Derze.

A vastidão das florestas naturais e uma possível mudança no modelo produtivo nas atividades agrícolas são outros fatores de peso que, somados à relevância da agenda ESG, tornam o cenário promissor. A projeção é a de que a demanda por créditos de carbono pode aumentar 15 vezes até 2030 e 100 vezes até 2050, passando de US$ 1 bilhão em 2021 para US$ 50 bilhões em 2030, de acordo com a McKinsey.

Com as empresas se comprometendo a zerar a emissão líquida de carbono, as perspectivas de que o Brasil se torne neutro em carbono até 2050 tornam-se cada vez mais reais. “O país está em uma posição única para emergir como protagonista nessa corrida. Nossa matriz de geração elétrica é predominantemente limpa e renovável, somos pioneiros no uso de biocombustíveis e possuímos uma vasta riqueza em recursos naturais, oferecendo oportunidades importantes para a conservação ambiental e remoção de carbono através de soluções baseadas na natureza”, aponta Laubenheimer, que estimula negócios com soluções inovadoras no Fundo Vale.

Ao se posicionar como líder, o Brasil ganha benefícios ambientais, comerciais e sociais. “A atração de investimentos deve ser direcionada não apenas para os projetos de preservação e recuperação de florestas, mas, principalmente, para questões sociais e de desenvolvimento humano – uma vez que as áreas mais propícias a sequestrar carbono são também as com menor desenvolvimento e qualidade de vida”, conclui o especialista da Radix.

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