Setor agropecuário se une em apoio às ações do governo contra taxação dos EUA
Os setores do agronegócio brasileiro estão trabalhando em estreita colaboração com o governo federal para lidar com as recentes decisões dos Estados Unidos que afetam as exportações brasileiras. Em uma reunião realizada em Brasília, representantes de vários setores, incluindo agropecuária, pesca, frutas e café, manifestaram apoio e confiança nos esforços do governo para reverter a decisão de impor uma taxa de 50% sobre os produtos brasileiros.
Desenvolvimento do Setor Agropecuário
A reunião, liderada pelos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, teve como objetivo discutir as implicações da decisão norte-americana e buscar soluções para minimizar os impactos negativos nas exportações brasileiras. Os representantes do setor agropecuário expressaram preocupações sobre as perdas que poderiam ocorrer se a taxa for implementada, especialmente considerando que muitos contratos de exportação já estão em andamento.
Impacto sobre a Exportação de Carne Bovina
O presidente da Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Roberto Perosa, destacou que a taxa imposta pelos EUA tornaria inviável a exportação de carne bovina para o país. Ele mencionou que diversos frigoríficos já suspenderam a produção e que cerca de 30 mil toneladas de carne bovina estão em portos ou embarcadas com destino aos EUA, o que gerou um clima de incerteza entre os exportadores.
Preocupações do Setor de Frutas
O setor de frutas também está bastante preocupado com as consequências da taxa. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho, relatou o clima de pânico entre os produtores de manga, que já haviam planejado a safra e contratado 2,5 mil contêineres para o transporte das exportações encomendadas pelos EUA. Coelho defendeu que os alimentos sejam deixados de fora do tarifaço, considerando a logística e os contratos já estabelecidos.
Setor de Café e Laranja
Os produtores de laranja e café também expressaram suas preocupações. O presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), Ibiapaba Netto, mencionou que 40% das exportações de laranja têm os EUA como destino e que 70% do suco de laranja importado pelos norte-americanos são de origem brasileira. Já o presidente do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), Marcio Ferreira, destacou que 33% de todo o café consumido nos EUA é produzido no Brasil, mostrando a importância do mercado norte-americano para esses setores.
Visão Geral
Em resumo, os setores do agronegócio brasileiro estão unidos em seu apoio ao governo federal na busca por soluções para mitigar os efeitos da taxa imposta pelos EUA. A colaboração entre o setor privado e o governo é crucial para proteger os interesses dos exportadores brasileiros e manter a competitividade do país no mercado internacional. Leia: pregoão da bolsa fechou em leve alta
Créditos: Misto Brasil
