Consumidores com conta de luz de R$ 400, investimento seria em torno de R$ 9 mil para a compra do kit; esse valor pode ser parcelado sem juros e sem entrada na modalidade de cessão de crédito.
Com a conta de luz cada vez mais caras, principalmente das famílias mais pobres, o consumidor se viu obrigado a buscar alternativas para descomprometer seu salário com esse serviço básico. Uma das formas encontradas foi o financiamento de sistemas fotovoltaicos para residências, chamados popularmente de kits de energia solar. Para quem tem uma conta de luz de R$ 400, investimento seria em torno de R$ 10 mil para o compra do kit.
Segundo o mapeamento da plataforma Meu Financiamento Solar, especializada em financiamento para projetos fotovoltaicos, são os consumidores da classe C os que mais estão buscando esse serviço. Ao todo, no primeiro trimestre deste ano, eles representaram 45% do total de pedidos de crédito para instalação de painéis solares nos telhados.
Ainda segundo esse levantamento, a busca por financiamento nessa classe de consumo cresceu quatro pontos percentuais entre janeiro e março deste ano em comparação com o primeiro trimestre de 2023, quando representava 41%.
Como consequência, os pedidos de financiamento na plataforma das classes com maior poder aquisitivo caíram entre um ano e outro: em 2023, 37% eram da classe B, enquanto apenas 10% eram da classe A, e neste período de 2024, 35% são da classe B e apenas 9% da classe A.
“”Esse cenário demonstra claramente a popularização e a atratividade da tecnologia fotovoltaica para todos os perfis de consumidores, beneficiando sobretudo os consumidores com menor poder aquisitivo, cuja conta de luz representa um enorme peso no orçamento familiar”.
Carolina Reisdiretora do Meu Financiamento Solar
CONTA CAIU DE R$ 700 PARA R$ 120 COM A INSTALAÇÃO DO KIT PARCELADO
Ednardo de Oliveira, 37 anos, servidor público, tinha uma conta de energia que girava em torno de R$ 700. Com a instalação do kit de energia solar o valor baixou para uma média de R$ 120. Com apenas três pessoas em casa, o morador de Brasília Distrito Federal sentia frequentemente o aumento do valor da conta de energia pesando no orçamento.
A mãe do Ednardo de Oliveira, é empreendedora do ramo de confecção e o uso de máquinas de costura um pouco mais potentes acabavam consumindo mais energia. Agora, ele lembra que paga apenas uma taxa mínima, além da iluminação pública e os impostos PIS, COFINS e ICMS.
O servidor público lembra que a família recebeu algumas visitas de consultores para falar sobre energia solar e as formas que poderiam conseguir financiamento para adquirir as placas solares. Com isso, eles realizaram pesquisas sobre qual seria o melhor caminho, a melhor instituição financeira, para fazer esse financiamento com as melhores taxas, cabendo no bolso as parcelas e fizessem frente ao valor da fatura mensal de energia elétrica.
“”Mas a maioria das vezes que pesquisávamos as taxas eram muito altas e não compensavam o valor do financiamento para o valor que já pagávamos todo o mês. Até um consultor apresentar uma parceria que a empresa dele tinha com o Banco do Nordeste e avaliarmos que as taxas eram as melhores para a nossa realidade”.
Ednardo de Oliveira – Servidor Público
O valor do kit solar parcelado por Ednardo de Oliveira, e sua família foi de R$ 18 mil, dividido em 36 prestações para que fizesse sentido e coubesse no bolso. O projeto acabou englobando mais duas unidades consumidoras, que são casa do irmão e uma casa que a família tem no entorno do estado.
“O dimensionamento é matemática básica de quanto que se pagava de faturas, e quanto que está pagando ainda de faturas e mais o valor o parcelamento e sim, já está sendo compensado o valor e nossa expectativa futura é de que quando a gente conseguir finalizar o pagamento do financiamento vamos pagar somente as tarifas obrigatórias”.
Modalidade de Cessão de Crédito
A modalidade de parcelamento em Cessão de Crédito, está sendo bem aceita pelo mercado de energia solar, visto que essa condição apesar de existe uma aprovação e análise de crédito, ela não tem juros, não tem entrada e em muitos casos, também não tem IOF ou TAC. Sendo o primeiro boleto com até 90 dias de carência.