Com o Brasil enfrentando a pior seca dos últimos 94 anos, e o aumento do consumo devido ao calor, o governo está em alerta para garantir o fornecimento de energia.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reconheceu a preocupação com o cenário de 2025, ressaltando que o atual panorama climático e hidrológico exige atenção constante.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a quantidade de água disponível nos rios, usada para gerar energia, está abaixo da média histórica desde dezembro de 2023. Para enfrentar a crise, o governo tem adotado uma série de medidas e estudado outras, como o possível retorno do horário de verão em 2024.
Medidas na mesa do governo
Horário de verão: Apesar de controverso, o governo estuda trazer de volta o horário de verão como uma forma de reduzir o pico de consumo no início da noite, quando a energia solar diminui e a demanda elétrica aumenta.
Plano de contingência: O ONS foi encarregado de elaborar, em até 30 dias, um plano para assegurar o fornecimento de energia de 2024 a 2026, com medidas concretas a serem aplicadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
Acionamento de termelétricas: A geração de energia por termelétricas aumentou para 14% no início de setembro, garantindo maior segurança ao sistema, mas elevando os custos e o impacto ambiental.
Vazão de Belo Monte: O governo busca a flexibilização dos limites de vazão na usina de Belo Monte para armazenar água e utilizá-la nos momentos de maior consumo.
Operação de linhas de transmissão: A entrada em operação de três novas linhas de transmissão está sendo articulada para garantir o escoamento de energia entre setembro e dezembro.
Essas medidas visam assegurar o fornecimento de energia em um cenário crítico de seca, sem a necessidade imediata de acionar usinas “fora da ordem de mérito“, que elevam significativamente os custos.
Créditos: E4 Energias Renováveis | Grupo E4