Petrobras decide pela saída negociada de Mauricio Tolmasquim
A Petrobras confirmou a saída do diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, Mauricio Tolmasquim, na noite de sexta-feira, 23 de junho. Ele permanecerá no cargo até a próxima terça-feira, 27 de junho. A decisão foi tomada pelo conselho de administração da estatal de forma negociada com Tolmasquim, que havia notificado a empresa de sua indicação para uma vaga no conselho de administração da Eletrobras, empresa privada do setor elétrico, dois meses antes. Tolmasquim será substituído interinamente pelo diretor executivo de Processos Industriais e Produtos, William França.
A saída de Tolmasquim ocorre após sua indicação para uma vaga no conselho de administração da Eletrobras, o que levou a Petrobras a avaliar se havia risco de conflito de interesses, considerando que ambas as empresas atuam no setor de energia. Tolmasquim é um especialista em assuntos ligados a energia e transição energética, tendo sido ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, e estava na Petrobras desde 2023.
Uma das últimas ações de Tolmasquim à frente da diretoria de Sustentabilidade da Petrobras foi a elaboração da versão atualizada do Caderno de Mudança do Clima, divulgado na mesma sexta-feira. O documento fornece informações sobre a pegada de carbono da empresa, enumera realizações de redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE) durante processos como o de exploração, produção e comercialização de combustíveis, além de apontar ações de busca por fontes de energia mais verdes.
Em uma entrevista exclusiva, Tolmasquim destacou que as emissões absolutas de GEE provenientes de operações da Petrobras totalizaram 47 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO²), um patamar que representa redução de 40% em relação a 2015. Ele também manifestou que a mudança de nome na diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade não afetará os planos de descarbonização, afirmando que “Todas as ações estão institucionalizadas, então, independentemente de qualquer pessoa que esteja aqui, elas vão adiante, isso eu tenho certeza”.
Contexto da Saída de Tolmasquim
A saída de Tolmasquim da Petrobras ocorre em um momento em que a empresa está buscando reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e aumentar sua participação no mercado de energias renováveis. A indicação de Tolmasquim para uma vaga no conselho de administração da Eletrobras pode ser vista como uma oportunidade para ele aplicar suas habilidades e experiência em um novo contexto, contribuindo para o desenvolvimento do setor elétrico no Brasil.
Implicações da Saída de Tolmasquim
A saída de Tolmasquim pode ter implicações significativas para a Petrobras e para o setor de energia como um todo. A perda de um especialista com sua experiência e conhecimento pode afetar a capacidade da empresa de implementar suas estratégias de descarbonização e de transição energética. No entanto, como destacou Tolmasquim, as ações de sustentabilidade da Petrobras estão institucionalizadas, o que sugere que a empresa continuará a avançar em suas metas de redução de emissões e de aumento da participação em energias renováveis.
Desafios Futuros
A saída de Tolmasquim também destaca os desafios que a Petrobras e outras empresas do setor de energia enfrentam em termos de gestão de talentos e de sucessão. A perda de especialistas experientes pode ser um desafio significativo, especialmente em um setor que está em constante evolução e que requer habilidades e conhecimentos específicos. A Petrobras e outras empresas do setor precisarão desenvolver estratégias para atrair e reter talentos, bem como para desenvolver as habilidades e conhecimentos de seus funcionários para enfrentar os desafios do futuro.