O mercado livre de energia elétrica acaba de alcançar uma marca histórica: mais de 50.000 consumidores optaram por este modelo em todo o Brasil.
Por Camila F. Araújo,
De acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), somente este ano, 12.858 novas unidades ingressaram no ambiente de contratação livre – ACL, elevando o número total de clientes em 46% nos últimos 12 meses. A maior parte desses consumidores está concentrada em São Paulo, com 16.582 adesões, seguido por estados como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.
Com 51.389 unidades consumidoras registradas até o final de julho, o segmento experimentou um crescimento expressivo de 25% apenas em 2024. Ao comparar com dezembro de 2023, quando o mercado contava com 38.531 consumidores, fica claro que a abertura do mercado tem atraído cada vez mais adeptos.
Essa expansão significativa se deve à abertura do mercado implementada em 1º de janeiro de 2024, que permitiu que pequenas e médias empresas, ligadas à alta tensão, pudessem escolher seus fornecedores de energia, uma opção antes restrita às grandes indústrias com consumo superior a 500 kW. A migração para o mercado livre tem proporcionado economias de até 35% nos contratos de compra de energia, oferecendo maior liberdade e competitividade aos negócios.
Apesar dos avanços, o setor ainda enfrenta desafios, como a necessidade de equilibrar o impacto das migrações no mercado das distribuidoras. Contudo, há um movimento em direção à expansão do mercado livre de energia, para a baixa tensão, o que permitirá que consumidores menores, incluindo residenciais, também possam escolher seus fornecedores de energia, potencialmente a partir de 2026.
Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE, destaca: “Nós defendemos que a portabilidade da conta de luz seja uma realidade para todos os cidadãos do país. A liberdade de escolha coloca o consumidor no centro do negócio, promovendo a modernização do setor e, possivelmente, resultando em uma energia mais barata para todos.”
Créditos: E4 Energias Renováveis | Grupo E4