Consumidor poderá armazenar eletricidade ao invés de injetar na rede, evitando o desconto pelo uso da rede
Diante das mudanças no sistema de compensação de créditos de energia, promovidas pela Lei 14.300, o uso de baterias será cada vez mais vantajosos para consumidores que possuem energia solar, conforme avaliação do gerente comercial de armazenamento de energia da Baterias Moura, Adalberto Moreira.
Com a legislação, que estabeleceu o Marco Legal da Geração Distribuída, os sistemas de energia solar fotovoltaica conectados à rede passaram a ser sujeitos às novas regras de compensação de créditos. Porém, o desconto só é aplicável para a energia que é injetada na rede.
Em entrevista, Moreira explicou que, ao invés de injetar na rede e pagar pelo uso do fio ou pelo serviço da rede de distribuição, será mais vantajoso adquirir um sistema de baterias e armazenar a energia excedente, permitindo o consumo em momentos em que a instalação fotovoltaica não produz energia.
“O consumidor poderá chegar em casa no final do dia e utilizar a energia armazenada sem precisar usar a rede elétrica. Isso nos traz uma perspectiva de crescimento do mercado de armazenamento, porque já está fazendo sentido econômico”, afirmou o executivo.
Aplicações em transmissão e distribuição
Além do uso residencial e comercial, sistemas de armazenamento de energia de grande porte podem ser utilizados por serviços de transmissão e distribuição. Conforme Moreira, esse tipo de aplicação já é economicamente viável no Brasil.
“A prova disso é o projeto instalado no litoral de São Paulo pela ISA CTEEP que está operando com bastante sucesso.” Em março, foi inaugurado o primeiro sistema de armazenamento de energia em baterias em larga escala do sistema de transmissão brasileiro foi inaugurado no município de Registro (SP).
Planejado para atuar como um reforço à rede elétrica, o projeto da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (ISA CTEEP) conta com 30 MW de potência, capazes de entregar 60 MWh de energia por duas horas.
“Recebemos pedidos de clientes de grande porte e buscamos discutir com o Ministério de Minas e Energia e com a Aneel as adequações regulatórias para esse perfil de instalação”, disse o executivo.
Ele citou como um desafio para as distribuidoras de energia a eletrificação da frota de automóveis do país. “A mobilidade elétrica vai impor um consumo concentrado de energia elétrica que as redes não estão preparadas para atender. As distribuidoras precisarão de recursos energéticos distribuídos ou sistemas de armazenamento para prover essa energia.”
Diversificação da matriz elétrica
O gerente da Baterias Moura ainda destacou o importante papel que as baterias terão na transição energética, viabilizando a maior penetração de fontes renováveis e intermitentes como a solar e a eólica.
“A nossa matriz seguirá renovável, mas deixará de ser amplamente hidráulica e passará a ser mais diversa, com muito mais presença de outras tecnologias de geração limpa. A maior penetração dessas fontes intermitentes vai exigir um sistema de suporte e o armazenamento de energia faz brilhantemente esse papel”, assinalou Moreira.
“Para além disso, esse equipamento agrega valor para os geradores, transmissores, distribuidores e para os consumidores, aumentando a competitividade de negócios comerciais e industriais com a redução do custo da energia do horário da ponta. Isso faz com que ele não consuma aquela energia mais cara durante o horário da ponta.”
Fonte: https://www.portalsolar.com.br/noticias/tecnologia/armazenamento/lei-14-300-tornara-mais-vantajoso-o-uso-de-baterias-com-energia-solar
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