Cerca de 3 milhões de pessoas são atendidas pelos sistemas isolados, a maioria consumidores residenciais
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deu mais detalhes sobre o programa de descarbonização da Amazônia, a ser lançado em julho.
Durante um fórum em Lisboa, em Portugal, ele disse que o objetivo é reduzir a geração de energia a óleo diesel para 40% na região amazônica até 2026, substituindo-a pela energia solar e biodiesel.
Até 2030, a meta é que as termelétricas a óleo produzam somente 20% da demanda dos 212 sistemas isolados. “Vamos lançar o maior programa de descarbonização do planeta”.
“Nós faremos uma transição da energia exclusivamente a óleo diesel dos sistemas isolados na Amazônia”, destacou Silveira, na última segunda-feira (26). Na semana passada, o ministro já havia anunciado que o programa receberia R$ 5 bilhões em investimentos.
Na Amazônia Legal, cerca de 3 milhões de pessoas são atendidas pelos sistemas isolados, a maioria consumidores residenciais, segundo dados da EPE (Empresa de Pesquisa Energética). Esses têm demanda suprida principalmente pelas termelétricas a óleo diesel.
A geração de energia nessas regiões é mais cara por conta da logística de transporte dos combustíveis. Para evitar que os custos de energia fiquem elevados para essa parcela da população, os custos de geração são rateados entre todos os consumidores do país.
A energia consumida nos sistemas isolados é custeada pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que neste ano vai custar cerca de R$ 12 bilhões.
Apesar do alto valor, o consumo dos sistemas isolados representa 0,6% do consumo nacional e a população dessas localidades representa somente 1,4% da população total brasileira.
Segundo a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), o estado do Amazonas responde por 75% do orçamento anual da CCC, Roraima por 11% e Pará por 6%. O restante está distribuído por Rondônia, Acre e Amapá.
Fonte: https://canalsolar.com.br/governo-quer-substituir-oleo-diesel-por-energia-solar-na-amazonia/