Com Bolos no Comando, Faturamento da Cesta Abimapi Salta Impulsionado por R$ 1,4 Bilhão
Um levantamento recente, realizado pela NielsenIQ para a Cesta Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães Industrializados), revelou um primeiro semestre promissor para o setor. O destaque principal foi a categoria de bolos, que impulsionou um crescimento significativo em valor e volume, refletindo as novas tendências de consumo no Brasil.
O Doce Impulso dos Bolos
A categoria de bolos foi a grande estrela do primeiro semestre, registrando um impressionante ganho de 15,7% em valor e 8,3% em volume. Isso se traduziu em um faturamento robusto de R$ 1,4 bilhão e a comercialização de 32,6 mil toneladas em todo o país. Dentro dessa categoria, as “misturas para bolos” tiveram o bolinho de chuva como protagonista, responsável por 75,8% de sua importância (volume e giro). Já na subcategoria de “bolos” propriamente dita, o bolo industrializado se destacou, com 41% de importância.
Pães Industrializados em Ascensão
Os pães industrializados também mostraram um desempenho positivo, com crescimento de 7,8% e um faturamento notável de R$ 8,3 bilhões no primeiro semestre. O volume comercializado cresceu 3,5%, atingindo 400 mil toneladas. Curiosamente, os pães de hambúrguer e hot dog foram os que mais cresceram em volume e giro (1,3% e 0,4%, respectivamente), mesmo diante de aumentos de preço consideráveis (+13,2% e +7,2%). Esse crescimento pode ser atribuído ao fato de serem segmentos com preços mais acessíveis, atraindo consumidores.
A Performance das Massas Alimentícias
As massas alimentícias apresentaram um crescimento de 4,2%, movimentando R$ 7,7 bilhões e com 654,2 mil toneladas consumidas no primeiro semestre. Observou-se que os tipos “caseiros” ganharam volume e giro (0,6%), mantendo um preço médio estável. Por outro lado, as massas tipo “ovos” e “grano duro” registraram retração no giro, acompanhada de um aumento no preço médio de 1,6% e 6,8%, respectivamente.
Biscoitos e a Influência dos Preços
A categoria de biscoitos teve um crescimento mais discreto, de 1,1% em valor, alcançando um faturamento de R$ 16,4 bilhões. Contudo, o volume consumido registrou uma queda de 4,9%, passando de 765,9 para 728,5 mil toneladas nos primeiros seis meses do ano. Segundo Claudio Fernando Czarnobai, chefe de Pequenas e Médias Empresas da NielsenIQ para a América Latina, um dos fatores que impulsionou a venda de biscoitos foi o aumento expressivo de 16,4% nos preços dos chocolates nas gôndolas, levando os consumidores a buscar alternativas mais econômicas.
Visão Geral
Os dados coletados pela Abimapi e NielsenIQ pintam um quadro claro do comportamento do consumidor brasileiro no primeiro semestre. Como comentou Claudio Zanão, presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães Industrializados, “os dados refletem o comportamento dos consumidores que preferem fazer as refeições em casa a preços mais acessíveis”. A busca por opções mais em conta, seja na forma de bolos industrializados, pães para lanches caseiros ou biscoitos como alternativa aos chocolates, demonstra uma adaptação das famílias às condições econômicas, priorizando o consumo dentro do lar e escolhas que ofereçam um bom custo-benefício.
Créditos: Misto Brasil
