Expansão do mercado acompanha a desaceleração da geração solar distribuída e fortalece a transição energética
O mercado de armazenamento de energia no Brasil vive um novo ciclo. Segundo dados da consultoria Greener, a demanda por sistemas BESS (Battery Energy Storage Systems) cresceu 89% em 2024 e deve movimentar R$ 22,5 bilhões até 2030. Atualmente, o país acumula 685 MWh de capacidade instalada, sendo que 70% dos sistemas atendem a áreas isoladas.
Confiabilidade Energética: O Principal Motor da Expansão
A busca por confiabilidade energética é, hoje, o principal motor dessa expansão. Interrupções no fornecimento e prejuízos operacionais têm levado grandes consumidores, como data centers, hospitais, indústrias e aeroportos, a investir em armazenamento para garantir operação contínua e reduzir custos com geradores a diesel.
BESS e a Transição Energética: Equilibrando a Rede
Essa expansão ocorre no momento em que a geração solar distribuída perde fôlego, levando empresas que antes focavam exclusivamente em investimentos nesse setor a direcionar recursos para soluções de armazenamento. Nesse contexto, os sistemas BESS ganham papel central na transição energética, equilibrando oferta e demanda, estabilizando a rede e permitindo maior integração de fontes renováveis intermitentes.
O armazenamento deixou de ser apenas um complemento da geração solar e passou a ser uma necessidade estratégica para garantir estabilidade, eficiência e resiliência no fornecimento de energia, afirma Vinícius Dias, CEO do Grupo Setta.
O Papel dos Sistemas BESS na Engenharia Elétrica
Com mais de 29 anos de atuação em engenharia elétrica, o Grupo Setta vem investindo no desenvolvimento e aplicação de sistemas BESS para atender tanto o mercado comercial e industrial (C&I), quanto o de alta capacidade (utility scale). As soluções incluem automação e digitalização, permitindo monitoramento e controle remoto para resposta rápida a variações na rede.
Desafios e Potencial para o Mercado de Armazenamento no Brasil
O Brasil vive um momento-chave para destravar investimentos em armazenamento. É preciso avançar na regulação e na integração com o sistema elétrico para aproveitar todo o potencial dos BESS e consolidar um mercado competitivo e sustentável, conclui Dias.