Necessidade de economizar, compromisso com a sustentabilidade do planeta, comodidade e investimento zero são alguns dos fatores que têm levados os consumidores a buscarem a energia fotovoltaica por assinatura como fonte alternativa de geração de eletricidade.
O modelo de serviço de fornecimento de eletricidade cresceu 14 vezes em quatro anos, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Em 2019, havia menos de 500 usinas dedicadas a prestar esse tipo de serviço no país. Hoje, esse número chega a 7 mil.
Nos últimos três anos, o número de consumidores de energia solar por assinatura quase quadruplicou no Brasil – saiu de 3 mil para 11 mil clientes, segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A estimativa é que essas instalações alcancem um total de 350 mil consumidores.
Entenda
Essas usinas estão conectadas às distribuidoras, como a Cemig, e funcionam em parceria com ela. Por meio de um contrato, o consumidor associa-se às empresas que fornecem a energia solar e aluga um percentual da produção, que é pago mensalmente.
Todo o processo de adesão é virtual. E não é preciso instalar nenhum aparelho. A medição de consumo é feita pela Cemig, descontando os créditos de energia solar e o consumidor recebe os demonstrativos de consumo e fatura no app, além da tradicional conta da Cemig. A vantagem do sistema está numa economia líquida que fica entre 10% e 25% da fatura mensal de eletricidade.
Mercado em expansão
A quantidade de empresas que oferecem esse tipo de serviço tem elevado o número de clientes e a área de atuação, especialmente depois que a Aneel aprovou, em fevereiro de 2023, a regulamentação da Lei nº 14.300/2022, que instituiu o Marco Legal da Micro e Minigeração de Energia.
É o caso da NUV Energia, empresa do grupo Vivaz, que começou a operar em Minas Gerais este ano. De acordo com Fábio Padovani, CEO da empresa, “além do cenário de crescimento natural do setor, a recente onda de calor, a necessidade de preservação do meio ambiente e o trabalho de esclarecimento sobre o modelo têm aumentado a busca dos consumidores” explica.
Além disso, existe uma demanda por economia de recursos financeiros e uma urgência pela preservação dos naturais. E o calor desse ano evidenciou a necessidade de mudança imediata. “No pico das altas temperaturas registramos aumento de acesso de cerca de 30% em nosso site. O modelo de energia por assinatura é novo, ainda existem dúvidas sobre seu funcionamento. Então, parte da nossa responsabilidade é esclarecer que é preciso mudar”, complementa Fábio Padovani.