Tecnologia que conecta pequenas plantas de forma virtual promete integrar milhares de painéis solares e transformar modelo de geração distribuída no Brasil
São Paulo, setembro de 2025. A geração distribuída no Brasil, modelo em que pequenas usinas geram energia próxima ao local de consumo, já ultrapassa 41 GW de capacidade instalada e cresce cerca de 25% ao ano. Agora, o setor se prepara para a chegada das chamadas usinas virtuais (VPPs, na sigla em inglês), estruturas que conectam múltiplas plantas menores para operarem como se fossem uma única unidade, coordenadas por software e inteligência artificial.
A empresa brasileira Automa, especializada em softwares para o setor elétrico, já prepara sua plataforma SunOp para esse cenário. Hoje, a empresa monitora 250 MW de geração distribuída no país, com mais de 80 usinas integradas. O sistema combina inteligência artificial e automatismos de religamento para gerenciar plantas solares de forma autônoma e otimizada, criando infraestrutura para que VPPs se tornem realidade no mercado nacional.
Importante dizer que as VPPs já são adotadas em países como Alemanha e Austrália e são um grande sucesso, pois, além de aumentar a eficiência e reduzir gastos de operação, podem facilitar o controle remoto de grandes volumes de geração pulverizada.
O mercado de usinas virtuais no Brasil está em expansão, com previsão de crescimento significativo nos próximos anos. De acordo com a Cognitive Market Research, o mercado de VPPs no Brasil foi avaliado em US$ 41,76 milhões em 2024. Esse crescimento é impulsionado pela crescente adoção de recursos energéticos distribuídos, como painéis solares e baterias, e pela necessidade de modernizar a infraestrutura elétrica para lidar com a crescente demanda por energia renovável.