Fortalecimento da Posição Brasileira no Debate Internacional sobre Descarbonização com o Apoio ao Uso de Etanol no Transporte Marítimo
O Brasil fortaleceu sua posição no debate internacional sobre descarbonização com o apoio de gigantes do transporte marítimo ao uso de etanol. Durante as discussões na Organização Marítima Internacional (IMO), empresas como A.P. Moller – Maersk e Everllance manifestaram seu apoio ao etanol brasileiro. Produtoras e comercializadoras brasileiras de etanol, como Atvos, Copersucar, FS, Inpasa e Raízen, também estiveram presentes.
Testes com Etanol em Navios
A Maersk está realizando um teste-piloto com o navio Laura Maersk até o final de novembro. Este navio, com capacidade para 2.100 TEUs (contêineres de 20 pés), opera no Mar Báltico e foi o primeiro navio porta-contêineres do mundo movido a metanol.
Vantagens do Etanol Brasileiro
O uso de etanol como combustível marítimo pode fortalecer a posição do Brasil no cenário global. A produção em larga escala e sustentável de etanol no Brasil oferece uma vantagem competitiva. Testes bem-sucedidos com etanol e blends E10 em navios dual-fuel (bunker e metanol) demonstram o potencial dessa alternativa.
Análise da Maersk
A Maersk está avaliando as diferenças entre o metanol padrão e o E10, incluindo a qualidade da ignição, corrosão, lubrificação e emissões. A empresa informou que a validação do etanol no transporte marítimo representa uma grande oportunidade para o Brasil, o maior produtor global de combustíveis renováveis.
Impacto Potencial
Se apenas 10% da demanda projetada de bunker (combustível marítimo) em 2030 fosse substituída por etanol, a demanda resultante seria equivalente à produção atual do Brasil. Isso impulsionaria a economia nacional, geraria empregos e atrairia novos investimentos em infraestrutura, inovação e certificação. A safra recorde de 2024/2025 foi de 34,96 bilhões de litros.
Visão Geral
O posicionamento conjunto entre empresas e o governo brasileiro fortalece a posição técnica e regulatória do Brasil no debate internacional sobre a descarbonização, demonstrando que a transição energética não depende de um único marco regulatório. O etanol já é amplamente utilizado em diversos países como aditivo ou combustível direto no transporte rodoviário, e agora busca expandir sua aplicação no setor marítimo. Veja também sobre o primeiro navio de carga movido a metanol e eletricidade.
Créditos: Misto Brasil