Relatório da IRENA aponta ainda que o país é o 2º que mais criou postos de trabalho em renováveis
Segundo relatório da IRENA (Agência Internacional de Energia Renovável) e da ILO (Organização Internacional do Trabalho), os empregos em renováveis atingiram 13,7 milhões em 2022, aumento de um milhão desde 2021 e acima de um total de 7,3 milhões em 2012.
A energia solar fotovoltaica foi mais uma vez o maior empregador em 2022 no mundo, alcançando 4,9 milhões de postos de trabalho. No Brasil, por exemplo, o setor foi responsável pela criação de 241 mil empregos.
O mercado de energia hidrelétrica (194 mil) apareceu na sequência, seguido da energia eólica (68 mil). Na liderança esteve o biocombustível líquido, que obteve um salto de 856 mil empregos no ano passado.
Além disso, a pesquisa enfatizou que o Brasil gerou 1,4 milhão de novos postos de trabalho na indústria de energias renováveis em 2022. O país perde apenas para a China (5,5 milhões) e está à frente dos Estados Unidos (994 mil) e da Índia (988 mil).
“2022 foi outro ano notável para empregos em renováveis, em meio a desafios multiplicadores. A criação de muitos mais milhões de empregos exigirá um ritmo mais rápido de investimentos em tecnologias de transição energética”, disse Francesco La Camera, diretor geral da IRENA.
“No início de setembro, os líderes do G20 concordaram em acelerar os esforços para triplicar a capacidade global de energias renováveis até 2030, em linha com as nossas recomendações antes da COP 28. Apelo a todos os líderes políticos para que utilizem esta dinâmica como uma oportunidade para adotar políticas ambiciosas que impulsionam a mudança sistêmica necessária”, ressaltou.
Gilbert F. Houngbo, diretor-geral da OIT, também destacou ser necessário desenvolver e implementar políticas específicas para o crescimento macroeconômico inclusivo, empresas sustentáveis, desenvolvimento de competências e outras intervenções ativas no mercado de trabalho.
Equidade de gênero no setor solar
O estudo destacou ainda a necessidade de expandir a educação e a formação e aumentar as oportunidades de carreira para os jovens, as minorias e os grupos marginalizados.
“Uma maior equidade de gênero também é fundamental. Neste momento, os empregos nas energias renováveis continuam a ser distribuídos de forma desigual entre homens e mulheres. Atualmente, a tecnologia fotovoltaica tem o melhor equilíbrio de gênero em comparação com outros setores, com 40% dos empregos ocupados por mulheres”, concluíram.
Fonte: https://canalsolar.com.br/setor-solar-gerou-241-mil-empregos-no-brasil-em-2022/
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