Tecnologias promovem eficiência, contribuem para preservar os recursos naturais e reduzem emissão de poluentes
São Paulo, agosto de 2025 – O saneamento básico no Brasil ainda enfrenta desafios expressivos: 34 milhões de brasileiros não recebem água tratada e 90 milhões não têm acesso à coleta e tratamento de esgoto. O setor, que tem se fortalecido após a aprovação do marco regulatório em 2020, por meio de estímulo a alternativas para o aumento da cobertura dos serviços básicos, também tem inovado cada vez mais. Iniciativas para reduzir as perdas de água na distribuição – da captação até as torneiras – aumentar a eficiência e, ainda, contribuir com a sustentabilidade ambiental são exemplos da evolução de tecnologias e processos com um papel chave na universalização do saneamento no país.
Inteligência Artificial Revoluciona a Detecção de Perdas de Água
Um projeto piloto de inteligência artificial e de aprendizado de máquina (machine learning) em Cachoeiro de Itapemirim (ES), implementado pela BRK, uma das maiores empresas privadas de saneamento, em parceria com a plataforma Galaxi.a e com apoio da Finep, já reduziu em 15% o tempo médio de identificação de vazamentos.
“O uso de IA para detectar, com ainda mais precisão, as perdas no sistema de distribuição de água aumenta a eficiência operacional, otimiza custos e contribui diretamente para a sustentabilidade dos recursos hídricos. Um tema crítico em um país que perde quase 40% da água captada em vazamentos; volume suficiente para abastecer 54 milhões de pessoas por um ano”, destaca o CEO Alexandre Honore Marie Thiollier Neto.
Economia Circular: Resíduos de Saneamento Transformados em Fertilizantes
Outra inovação é o reaproveitamento de resíduos para serem transformados em fertilizantes, como ocorre na operação da companhia em Tocantins. O lodo da estação de tratamento de esgoto de Gurupi é transformado em biossólido para fertilização em plantações de eucalipto. No ano passado, mais de 870 toneladas foram reaproveitadas, resultando em mitigação de impactos ambientais e em benefícios para o cultivo florestal. A projeção da companhia é destinar 100% do lodo produzido na unidade para uso agrícola, reduzindo a disposição do resíduo em aterros sanitários.
Em São Paulo, a empresa transporta o lodo da Estação de Tratamento de Água (ETA) de Porto Ferreira diretamente para a Estação de Esgoto (ETE) da cidade por meio de um lododuto (dragagem de longa distância), otimizando processos, reduzindo custos logísticos e favorecendo o ambiente. Ainda nessa frente de inovação, há em operação estações específicas já trabalhando para Tratamento de Lodo, secadores, uso de enzimas naturais e parcerias com universidades para pesquisas acadêmicas sobre o tema.
“A inovação é essencial para o desenvolvimento de soluções frente aos grandes desafios do saneamento – como as mudanças climáticas, a escassez hídrica, a gestão de resíduos e a desigualdade no acesso ao saneamento básico. Investir em inovação em um setor essencial como o saneamento é um diferencial estratégico”, afirma o CEO da BRK.
A companhia, que atende 16 milhões de pessoas em 13 estados, segue investindo em tecnologias inovadoras como, por exemplo, o uso de oxigênio dissolvido para decompor a matéria orgânica, visando reduzir o consumo de energia e a geração de resíduos no tratamento de esgoto, e o uso de IA aplicada na definição da rota tecnológica mais adequada entre as soluções de tratamento de água e esgoto existentes.