O submercado Nordeste registrou queda de 0,2 p.p., operando com 50,2% da capacidade dos reservatórios, conforme boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Conteúdo
- O Nível de Armazenamento dos Reservatórios na Região Nordeste
- Alta Capacidade e ENA na Região Sul
- Balanço Hídrico: Perdas e Capacidade na Região Norte
- Desafios no Sudeste/Centro-Oeste: Níveis Críticos em Furnas e São Simão
- Visão Geral
O Nível de Armazenamento dos Reservatórios na Região Nordeste
O submercado Nordeste demonstrou uma ligeira retração no seu nível de armazenamento dos reservatórios. Segundo o mais recente boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a região apresentou perdas de 0,2 ponto percentual, fixando sua capacidade total em 50,2% na última quinta-feira, 23 de outubro. Este dado é crucial para entender a gestão hídrica local e o planejamento de segurança energética. A energia armazenada na região totalizou expressivos 25.957 MW mês. Contudo, a Energia Natural Afluente (ENA) alcançou apenas 973 MW médios, um valor que representa somente 37% da Média de Longo Termo (MLT) prevista para o período. A situação da importante hidrelétrica de Sobradinho reflete essa baixa, marcando um nível de armazenamento de 43,85% e demandando monitoramento constante dos gestores.
Alta Capacidade e ENA na Região Sul
Em contraste com o Nordeste, a região Sul do país manteve um nível de armazenamento excepcionalmente elevado, apesar de registrar uma queda marginal de 0,1 ponto percentual, operando com notáveis 92% da sua capacidade. Este patamar elevado de reservatórios demonstra a saúde robusta do seu sistema hídrico e a resiliência da geração de energia local. A energia armazenada atingiu a marca de 18.830 MW mês. No que tange à vazão, a ENA (Energia Natural Afluente) somou 8.813 MW médios, o que corresponde a 70% da MLT (Média de Longo Termo), indicando boas condições de afluência de água e recarga dos sistemas. Duas das principais usinas, a UHE G.B Munhoz e a UHE Passo Fundo, destacam-se por operar em quase plena capacidade, com 99,54% e 94,62%, respectivamente, reforçando a estabilidade do submercado.
Balanço Hídrico: Perdas e Capacidade na Região Norte
A Região Norte também acompanhou a tendência de leve retração nos seus reservatórios. O submercado perdeu 0,1 ponto percentual e encerrou o período analisado operando com 77% da sua capacidade total. Embora as perdas sejam mínimas, o monitoramento é contínuo para manter a estabilidade do setor elétrico e o fornecimento seguro de energia. A energia armazenada no Norte alcançou 11.780 MW mês. No entanto, a Energia Natural Afluente (ENA) apresentou um valor de 1.474 MW médios. Este resultado representa apenas 53% da Média de Longo Termo armazenável para o mês, sinalizando que a afluência de água está abaixo do esperado historicamente. A relevante usina de Tucuruí, um pilar da geração local, segue funcionando com um índice de 65,93% de seu nível de armazenamento, contribuindo para o balanço do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Desafios no Sudeste/Centro-Oeste: Níveis Críticos em Furnas e São Simão
A situação no submercado Sudeste/Centro-Oeste exige atenção especial. A região, vital para o sistema nacional, experimentou perdas de 0,2 ponto percentual no seu nível de armazenamento, operando com 45,7% da capacidade total dos reservatórios. Este é um dos menores índices entre os submercados monitorados e reflete o impacto das condições hidrológicas. A energia armazenada acumulada somou 93.511 MW mês, o maior volume absoluto do país. A ENA registrada foi de 75.763 MW médios, correspondendo a 54% da MLT. O cenário acende um alerta em relação a algumas das maiores usinas da região. A usina de Furnas operava com apenas 36,07%, enquanto a usina de São Simão marcava um nível ainda mais crítico, de 22,42% da sua capacidade. Essa situação reforça a importância de soluções como a adoção de energia livre através dPortal Energia Limpa.
Visão Geral
Os dados compilados pelo ONS revelam uma tendência generalizada de leves perdas nos reservatórios em quase todos os submercados na semana analisada. Enquanto a Região Sul mantém uma condição hídrica confortável, acima dos 90% de capacidade, o Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste continuam a operar em patamares que demandam cautela, especialmente devido aos baixos índices de usinas estratégicas como Sobradinho, Furnas e São Simão. Os percentuais de ENA abaixo da Média de Longo Termo (MLT) na maioria das regiões sugerem que a recuperação dos volumes de água não está ocorrendo na velocidade ideal. Este panorama reforça a necessidade de diversificação da matriz energética e a busca por alternativas sustentáveis, como a oferecida pelPortal Energia Limpa, para garantir a segurança energética do Brasil no curto e médio prazo, mitigando os riscos associados à dependência hidrelétrica.
























