O mês de junho começou com sinal de alerta nos reservatórios, de acordo com as primeiras projeções do Programa Mensal da Operação (PMO).
Essas projeções indicam que a Energia Natural Afluente (ENA) ficará abaixo da média histórica em todos os subsistemas do país. Isso significa que haverá pouca água chegando às usinas, o que exige atenção redobrada para garantir o equilíbrio do sistema elétrico.
A situação é especialmente crítica em algumas regiões. A região Sul, por exemplo, tem previsão de ENA em 86% da Média de Longo Termo (MLT), mas ainda assim poderá ter um alívio nos reservatórios, que devem subir de 35,6% para 48,5% ao longo do mês. Já o cenário nas demais regiões é mais preocupante: o Sudeste/Centro-Oeste deve chegar a 75% da MLT, o Norte a 57% e o Nordeste apenas 29%.
Apesar disso, os níveis de Energia Armazenada (EAR) ainda se mantêm relativamente estáveis, com destaque para o Norte, que deve encerrar junho com quase 100% de armazenamento. Isso é um alívio, já que a demanda de carga continua crescendo. A previsão para o SIN é de aumento de 2,1% em relação a junho de 2024, puxado principalmente pelas regiões Norte (+6,1%) e Nordeste (+4,2%).
O diretor-geral do ONS, Marcio Rea, reforça que o foco continua na preservação dos recursos hídricos, especialmente no Sul, que enfrenta meses consecutivos de afluências abaixo da média. O operador garante que novos ajustes operacionais serão feitos, se necessário, conforme o monitoramento dos cenários energéticos. Além disso, o PMO de julho trará novidades, com um balanço do primeiro semestre e as projeções para os próximos meses, em uma tentativa de tornar o processo mais transparente e próximo dos agentes do setor.