Conteúdo

• Investigação do Procon-SP sobre a logística de reparo da Enel
• Discrepância entre prontidão declarada e presença de equipes de reparo
• Exigências do Procon-SP acerca da estrutura logística e priorização
• A recorrência da questão da efetividade para players do setor de energia
• Análise de dados e o tempo de atendimento abaixo dos parâmetros da Aneel
• Investigação sobre alocação adequada de recursos em zonas críticas
• Resposta da Enel e o foco do Procon-SP no resultado prático durante a crise
• O papel da pressão do Procon-SP para forçar a Aneel a agir
• A cobrança como auditoria da gestão de crise da Enel
• Exigência de um plano crível para garantir a efetividade das equipes em campo

Investigação do Procon-SP sobre a logística de reparo da Enel

O Procon-SP não dá trégua. Após a mais recente onda de apagões que atingiu a Grande São Paulo, o órgão de defesa do consumidor questionou a Enel sobre a efetividade de equipes em campo. Esta investigação, confirmada pela busca de mercado, é um movimento agressivo para desvendar a logística que falhou repetidamente sob estresse climático.

Discrepância entre prontidão declarada e presença de equipes de reparo

O questionamento foca na discrepância entre o que a Enel alega ter em prontidão e a realidade vista nas ruas. Relatos de consumidores e vídeos divulgados nas mídias sociais mostram longos períodos sem a presença de equipes de reparo, mesmo após a falha inicial ter sido reportada.

Exigências do Procon-SP acerca da estrutura logística e priorização

A notificação do Procon-SP exige que a Enel detalhe a estrutura logística adotada, incluindo o quantitativo real de equipes em campo, o plano de mobilização para eventos climáticos extremos e os critérios de priorização de reparo. Para o órgão, a inércia observada contradiz o compromisso contratual da concessionária.

A recorrência da questão da efetividade para players do setor de energia

Para os players do setor de energia, o tema da efetividade é recorrente e crítico. A geração de energia limpa, seja eólica ou solar, cresce, mas se a infraestrutura de distribuição não suportar, o impacto no consumidor é o mesmo. O foco agora está na ponta final do serviço.

Análise de dados e o tempo de atendimento abaixo dos parâmetros da Aneel

Fontes indicam que o Procon-SP já analisou dados que demonstram que o tempo de atendimento da Enel em situações de emergência está significativamente abaixo dos parâmetros regulatórios aceitáveis pela Aneel. A efetividade das equipes é medida não apenas pelo número de técnicos, mas pela sua distribuição geográfica e capacidade de acesso rápido às zonas de falha.

Investigação sobre alocação adequada de recursos em zonas críticas

O órgão estadual está investigando se a Enel alocou recursos adequadamente para áreas de maior criticidade ou se houve concentração em pontos de menor impacto, negligenciando bairros mais periféricos ou de difícil acesso. Este é um ponto sensível, pois a distribuição de recursos de reparo é um fator chave de fiscalização do Procon.

Resposta da Enel e o foco do Procon-SP no resultado prático durante a crise

A Enel, historicamente, responde a essas cobranças afirmando que investiu bilhões em reforço de rede e que contingenciou mais equipes durante os eventos. Contudo, o Procon-SP ignora a promessa de investimento e foca no resultado prático apresentado durante a crise. O que se questiona é a efetividade da aplicação desses recursos no momento zero da emergência.

O papel da pressão do Procon-SP para forçar a Aneel a agir

A pressão do Procon-SP é um mecanismo importante para forçar a Aneel a agir com mais celeridade. Quando o órgão estadual traz dados concretos de falha na execução do serviço, ele fornece munição regulatória para sanções mais duras contra a concessionária.

A cobrança como auditoria da gestão de crise da Enel

A cobrança sobre a efetividade das equipes em campo é, em essência, uma auditoria da gestão de crise da Enel. Para o setor de energia, a lição é que a excelência na geração e transmissão não compensa a falha na manutenção e no atendimento ao cliente final.