A PRIO demonstrou resiliência no 3T25, marcando avanços em Wahoo e Albacora Leste, além da retomada da produção em Peregrino.
O terceiro trimestre de 2025 foi um período que evidenciou a resiliência da PRIO diante dos desafios impostos pelo mercado. Este período foi marcado por conquistas importantes, como a obtenção da Licença de Instalação para o campo de Wahoo, um passo crucial para o início da interligação (tieback) ao FPSO de Frade. Além disso, a eficiência operacional de Albacora Leste atingiu um patamar recorde de 91,1%. O desempenho trimestral foi influenciado pela parada do campo de Peregrino, operado pela Equinor, cuja produção foi restabelecida em outubro, já impactando os resultados do quarto trimestre. A companhia manteve o foco em sua estratégia de crescimento, mesmo em um cenário adverso.
“Foi um trimestre desafiador, mas que reforçou a resiliência do nosso modelo de negócio, focado no aumento dos níveis de produção com redução de custos. Mesmo em um período adverso, fortalecemos a execução e avançamos em frentes importantes da nossa estratégia de crescimento, em Wahoo e Albacora Leste, com disciplina, eficiência e geração de valor sustentável”, afirma Roberto Monteiro, CEO da PRIO.
No que tange ao desenvolvimento do campo de Wahoo, a PRIO deu um passo significativo ao conseguir a Licença de Instalação, o que permitiu o início das atividades de construção submarina e interligação ao FPSO de Frade. O projeto está seguindo o cronograma estabelecido, com a previsão de first oil entre março e abril de 2026. Em Albacora Leste, a empresa consolidou seu compromisso com a confiabilidade e eficiência, registrando um recorde trimestral e alcançando resultados mensais que chegaram a 97,2%. No cluster Polvo e TBMT, a empresa finalizou em setembro o workover do poço TBMT-6H, permitindo que a produção total do campo voltasse à sua capacidade plena.
A produção total da companhia registrou um aumento de 26% quando comparada ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento é atribuído à melhora operacional em Albacora Leste, aos workovers nos poços de TBMT e à aquisição de 40% de participação no campo Peregrino em dezembro de 2024. Contudo, em relação ao 2T25, houve uma queda de 12% na produção, resultado direto da interdição do campo de Peregrino pela ANP, motivada por questões técnicas surgidas durante a inspeção ligada ao processo de cessão do ativo.
A PRIO manteve um monitoramento atento da implementação das medidas corretivas necessárias, dialogando constantemente com a operadora e o órgão regulador. Isso garantiu que todas as etapas fossem conduzidas com eficiência e em estrita conformidade com as melhores práticas do setor. Este processo contribuiu para o aprimoramento da gestão operacional do ativo. O campo, no qual a PRIO detém 40%, teve sua produção retomada em outubro, mantendo-se desde então com um volume superior a 100 mil barris por dia.
Após a obtenção de todas as aprovações regulatórias, a companhia continua a colaborar com a atual operadora visando antecipar o closing da transação, atualmente projetado para fevereiro de 2026. O objetivo é assegurar uma transição eficiente e alinhada às melhores práticas do mercado. Ao finalizar esta fase, a PRIO assumirá a operação do campo, o que deverá elevar sua produção para mais de 150 mil barris por dia, possibilitando o início da captura das sinergias operacionais, com foco primordial na redução do lifting cost.
Durante o trimestre, a PRIO também fortaleceu sua estrutura de capital para ampliar a posição de caixa e garantir a solidez do balanço, apoiando sua estratégia de crescimento. Em julho, foram emitidas debêntures com swap para dólar, somando cerca de US$ 539 milhões, a um custo de 6,59% a.a. Já em outubro, ocorreu a emissão de US$ 700 milhões em bonds a um custo de 6,75% a.a., que incluiu a recompra parcial dos títulos com vencimento em 2026. Esses movimentos de captação reforçam a posição de liquidez da companhia, sua capacidade de honrar obrigações futuras e sustentar sua estratégia de longo prazo.
“Nosso modelo de negócio na PRIO tem demonstrado resultados expressivos. Nos últimos dez anos, multiplicamos por vinte vezes nossa produção, reduzimos custos operacionais a patamares de referência mundial e seguimos construindo um legado de inovação, eficiência e impacto social”, conclui Monteiro.
























