ONS Moderniza Modelos Computacionais: Busca por Soberania Digital e Independência Tecnológica na Gestão do SIN

ONS Moderniza Modelos Computacionais: Busca por Soberania Digital e Independência Tecnológica na Gestão do SIN
ONS Moderniza Modelos Computacionais: Busca por Soberania Digital e Independência Tecnológica na Gestão do SIN - Foto: Reprodução / Freepik
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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) avança na modernização dos seus modelos para garantir a soberania digital e a independência tecnológica na operação do Sistema Interligado Nacional (SIN).

### Conteúdo
* Visão Geral da Iniciativa Estratégica do ONS
* A Urgência da Autonomia Algorítmica no Setor Elétrico
* Redesenhando o Coração do SIN: Do Legacy à Inovação em Modelos Computacionais
* O Salto de Qualidade para a Clean Energy e a Redução da Dependência
* Transparência e o Futuro do Planejamento e Operação
* A Chave para um SIN Resiliente através da Soberania Tecnológica

Visão Geral da Iniciativa Estratégica do ONS

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) lançou um projeto estratégico que marca uma inflexão crucial na gestão da energia brasileira. O objetivo: reduzir a dependência de modelos computacionais externos e conquistar a independência tecnológica na gestão, desenvolvimento e evolução dos complexos algoritmos que sustentam o Planejamento e Operação do Sistema Interligado Nacional (SIN). Este movimento não é apenas uma troca de *software*. É uma reengenharia institucional vital para a transição energética e a segurança do suprimento.

Para os profissionais do Setor Elétrico, esta iniciativa representa um salto. Com a matriz cada vez mais complexa e renovável (solar, eólica e Geração Distribuída), os modelos legados enfrentam limitações severas. A necessidade de agilidade na incorporação de novas tecnologias e cenários de sustentabilidade exige um controle algorítmico total. O ONS assume o volante da inovação para garantir que a segurança do sistema acompanhe a velocidade da clean energy.

A Urgência da Autonomia Algorítmica no Setor Elétrico

A matriz elétrica brasileira, historicamente hidrotérmica, dependia de modelos computacionais otimizados para a gestão de reservatórios e usinas térmicas de grande porte. Contudo, a explosão de fontes intermitentes como a eólica e a solar introduziu uma nova camada de complexidade. O volume massivo e imprevisível de energia limpa exige que o Planejamento e Operação sejam refeitos em tempo quase real.

A dependência de fornecedores externos e a arquitetura “caixa-preta” de alguns modelos computacionais limitavam a capacidade do ONS de customizar rapidamente os algoritmos para o novo cenário. A cada nova tecnologia, como armazenamento de energia ou o crescimento exponencial da Geração Distribuída, a adaptação regulatória e operacional se tornava lenta e onerosa. A redução de dependência externa torna-se, assim, uma questão de segurança energética nacional.

A soberania tecnológica em modelos computacionais permite que o ONS integre princípios de sustentabilidade e critérios de resiliência climática de forma ágil e transparente. Em vez de esperar por atualizações de terceiros, o operador passará a ter o controle total sobre a lógica de despacho e a previsão de carga. Este é um passo decisivo para enfrentar o risco regulatório e operacional imposto pelas mudanças climáticas e pelo avanço tecnológico.

Redesenhando o Coração do SIN: Do Legacy à Inovação em Modelos Computacionais

O novo projeto estratégico do ONS foca no redesenho e na internalização de toda a suíte de modelos computacionais eletroenergéticos. Isso inclui, principalmente, os modelos de otimização de longo, médio e curto prazo que definem o Custo Marginal de Operação (CMO) e a programação da geração de energia. A iniciativa é um investimento maciço em *expertise* interna e na construção de *software* proprietário.

A meta é substituir progressivamente a lógica de otimização estocástica, focada na hidráulica, por modelos computacionais que abracem a complexidade multimodal do SIN. Isso significa tratar de forma mais precisa a volatilidade da eólica e da solar, a viabilidade econômica do despacho térmico e a coordenação de múltiplos agentes no Setor Elétrico.

A redução da dependência de fornecedores visa não apenas a economia de *royalties* ou licenças, mas principalmente a capacidade de inovação. Com o código-fonte em mãos, o ONS pode implementar testes de Inteligência Artificial (IA) e *Machine Learning* para previsões de energia mais acuradas, algo essencial para a operação segura e eficiente de um sistema com mais de 85% de energia limpa.

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O Salto de Qualidade para a Clean Energy e a Redução da Dependência

A modernização dos modelos computacionais é uma notícia excelente para os investidores em clean energy. O principal desafio da eólica e da solar é a intermitência. Modelos mais sofisticados e flexíveis, desenvolvidos internamente pelo ONS, terão maior precisão para prever e gerenciar essa volatilidade. Isso se traduz em maior segurança do sistema e, crucialmente, em maior viabilidade econômica para os projetos de energia renovável.

Com algoritmos que entendem melhor as curvas de geração de energia eólica e solar em cada região do país, o ONS pode otimizar o uso das linhas de transmissão e reduzir o custo do *curtailment* (desperdício de energia renovável). Isso aumenta a atratividade do Setor Elétrico para o capital de sustentabilidade e ESG, que busca eficiência e baixo impacto ambiental.

A capacidade de modelar com precisão o impacto da Geração Distribuída, que hoje está pulverizada, é outro benefício direto. Novas metodologias de modelos computacionais permitirão que o ONS visualize o efeito dessa energia limpa na curva de carga. Isso é fundamental para evitar sobrecargas e garantir a segurança operacional da distribuição.

Transparência e o Futuro do Planejamento e Operação

O projeto do ONS em busca de independência tecnológica promove um avanço significativo na governança do Setor Elétrico. Ao desenvolver seus próprios modelos computacionais, o operador pode submetê-los a um escrutínio mais aberto e transparente da sociedade e dos agentes de mercado. O fim da “caixa-preta” aumenta a confiança nas decisões de despacho e planejamento.

Além disso, a iniciativa garante que a *expertise* crucial em modelos computacionais e engenharia de sistemas permaneça dentro da instituição, criando um ativo de conhecimento estratégico. Em um mundo onde a energia se torna cada vez mais digital, esse capital intelectual é tão importante quanto as usinas e as linhas de transmissão.

A internalização permitirá que o ONS incorpore mais facilmente novas variáveis de sustentabilidade, como o valor estratégico da água e as restrições ambientais, diretamente na modelagem matemática. Isso é essencial para o Planejamento e Operação de longo prazo, alinhando as decisões diárias com os compromissos de Net Zero e transição energética do país.

A Chave para um SIN Resiliente através da Soberania Tecnológica

O novo projeto de redução de dependência de modelos computacionais do ONS é, em essência, a chave para um SIN mais resiliente. O sistema elétrico do futuro será mais descentralizado, intermitente e complexo. Gerenciá-lo com sucesso exige inovação e total domínio sobre as ferramentas de simulação e otimização.

Ao focar na soberania tecnológica, o ONS está garantindo que o crescimento da clean energy e o compromisso com a sustentabilidade sejam suportados por uma infraestrutura digital de ponta. O sucesso deste projeto assegurará que o Brasil continue a ser uma referência mundial em Planejamento e Operação de sistemas de grande porte com alta penetração de energia renovável.

O ONS envia uma mensagem clara ao mercado: o Setor Elétrico brasileiro está pronto para construir o seu próprio futuro digital. O redesenho dos modelos computacionais é a espinha dorsal dessa transição energética, garantindo que a energia limpa chegue com segurança operacional e viabilidade econômica a todos os consumidores.

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