1ª Semana “Turano no Clima de Responsa” teve discussões sobre racismo ambiental, crise do clima e soluções locais de tecnologia social replicáveis, com foco no Sul Global, à comunidade do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, agosto de 2025 – O Mubadala Brazil SailGP Team dá continuidade à sua participação na Impact League, competição paralela do campeonato internacional de vela SailGP que, além das disputas dentro d’água, premia iniciativas de impacto positivo para o planeta. Nesta terceira fase, o time brasileiro apresenta o projeto “Não Estamos no Mesmo Barco”, com a realização da 1ª Semana Turano no Clima de Responsa, em parceria com as organizações Nas Marés — Purpose Partner do time brasileiro no SailGP e responsável pela articulação das ações para a Impact League — e Favela Radical, ONG local do Morro do Turano.
Realizada no Rio de Janeiro, cidade que vai receber uma etapa do SailGP na temporada 2026 e região costeira com histórico de tragédias ambientais — principalmente resultado de chuvas intensas motivadas pelas mudanças climáticas —, a ação marca a primeira mobilização comunitária voltada à pauta climática na comunidade localizada na Tijuca, bairro da Zona Norte carioca, com foco nos debates sobre racismo ambiental, justiça climática e promoção do intercâmbio de conhecimentos entre comunidades, conectando experiências locais à agenda global.
“O Brasil é o único representante da América do Sul no SailGP, uma liga que combina alto desempenho esportivo com compromissos reais de preservação ambiental. Dentro d’água, todos os times competem em igualdade, com atletas de elite e barcos idênticos. Fora dela, a Impact League nos desafia a criar soluções que façam sentido para nossa realidade e, ao mesmo tempo, inspirem outras comunidades ao redor do mundo. Nesta terceira fase da corrida pelo planeta, dedicada à Ação Climática e voltada à mitigação e adaptação às mudanças climáticas em comunidades ligadas aos oceanos e ao SailGP, é impossível ignorar as nossas especificidades enquanto nação do Sul Global. Essa corrida fora d’água nos faz olhar com mais atenção para as problemáticas e pensar, como time, em como podemos contribuir de forma concreta e inspirar mudanças que vão além da competição.” afirma Mariana Britto, Diretora de Marketing e Impacto do Mubadala Brazil SailGP Team.
Crianças da comunidade do Turano aprenderam a produzir eco coolers e pluviômetros; tecnologias de baixo custo e complexidade são facilmente replicáveis e vão ajudar os moradores a enfrentarem os efeitos da crise climática.
A programação incluiu rodas de conversa, mutirão comunitário com 15 famílias, aulas e oficinas para criação de soluções locais, fomentando o desenvolvimento de conhecimento e habilidades nas áreas de STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) e a produção de tutoriais e conteúdos educativos sobre clima, que foram gravados para serem disponibilizados nos canais de YouTube, Instagram e TikTok da Nas Marés e Favela Radical — permitindo que as soluções desenvolvidas possam ser replicadas por outras comunidades.
Entre as tecnologias de baixa complexidade potencializadas por tecnologia social implementadas estão a pintura de telhados e lajes com tinta térmica branca à base de cal, para reduzir a absorção de temperatura e o aquecimento no interior das casas, e a produção de “eco coolers” — estruturas feitas com partes de garrafas PET instaladas nas janelas para resfriar o ar que entra nos ambiente, além de estações meteorológicas locais para monitoramento comunitário.
“Enquanto as outras equipes do SailGP – com origem na Europa, América do Norte e Oceania – falam sobre clima a partir de uma realidade, nós vivemos outra completamente diferente, com impactos muito mais diretos e urgentes, que recaem sobre a população mais carente e socioeconomicamente vulnerável, e muitas vezes localizada em favelas nas encostas dos morros. Logo, trazer essa conversa para o Turano é reconhecer essas diferenças e valorizar soluções que nascem aqui, em um país com menos infraestrutura para enfrentar a crise climática, e que encontra na criatividade e na mobilização coletiva duas forças extremamente poderosas para enfrentar essa crise climática mundial”, explica Juliana Poncioni, CEO da organização Nas Marés e responsável pela implementação das ações do time brasileiro na Impact League. “O Sul Global precisa contar suas próprias histórias e apresentar suas próprias soluções, por isso essa semana é um passo importante para mostrar que não estamos todos no mesmo barco”.
“Trazer o debate climático para dentro da favela é urgente. Aqui, as mudanças no clima não são assunto distante — afetam o dia a dia, o trabalho, a saúde e a segurança das pessoas. Essa ação é sobre dar voz e protagonismo a quem vive essas realidades na pele, e por isso estamos muito felizes de estar conseguindo promover oficinas e levar conhecimentos sobre o tema para adultos e crianças”, reforça Jefferson Quirino, fundador do projeto social Favela Radical.
O projeto “Não Estamos no Mesmo Barco” e a realização da 1ª Semana Turano no Clima de Responsa teve como propósito ser uma ação glocal, ou seja, partir do local para o global ao gerar desdobramentos para além do Rio de Janeiro. A proposta é expandir o alcance do projeto por meio de conteúdo digital, conectando comunidades brasileiras e internacionais que vivam os mesmos desafios ao debate climático global.
Sobre o Mubadala Brazil SailGP Team
O Mubadala Brazil SailGP Team representa o Brasil na elite global da vela como a primeira equipe brasileira a competir no SailGP. Liderada por Martine Grael, a primeira mulher capitã da competição, a equipe conta com o atual campeão da America’s Cup Andy Maloney como Flight Controller e Leigh McMillan como Wing Trimmer, além de Paul Goodison como estrategista. Completam o time Marco Grael, irmão de Martine, e Mateus Isaac como Grinders. O time brasileiro tem como patrocinadores Mubadala (Naming Rights), Banco BRB, Ambipar, Atvos, Oakberry, Vale (Global Partners) e Ballena (Official Supplier).
Mais informações: Instagram @mubadalabrasailgp