Porque para que a energia seja limpa, ela também precisa ser socialmente justa.
Brasília, 28 agosto de 2025 – A conta de luz dos brasileiros está sendo pressionada por subsídios bilionários à geração distribuída de energia, especialmente a solar fotovoltaica. Para chamar atenção a essa distorção e defender uma transição energética que seja justa e acessível a todos, foi lançado o Movimento Energia Justa, apoiado pela Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), pela Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia) e pela Frente Nacional dos Consumidores de Energia.
O objetivo é abrir o debate sobre os impactos da atual política de subsídios à Geração Distribuída (GD) que, apesar de estimular fontes renováveis, tem transferido custos para milhões de consumidores que não utilizam esse modelo de geração própria.
De acordo com dados da Aneel, em 2024 os subsídios à GD custaram R$ 11,5 bilhões, pagos por 68 milhões de consumidores, em benefício de apenas 6,6 milhões de unidades com geração própria. A projeção é que, mantido o modelo atual, até 2031 essa transferência chegue a R$ 55 bilhões, encarecendo ainda mais as contas de luz da maioria da população.
Além do peso tarifário, estudos técnicos da Unicamp, UFU e EPE mostram que a expansão acelerada e desordenada da GD também tem gerado efeitos negativos na rede elétrica: problemas de tensão, sobrecargas, desbalanceamento de fases, gargalos na transmissão e até cortes (curtailment) de energia renovável centralizada. Em 2024, por exemplo, foi necessário reduzir a produção de 4.600 MW de energia solar e eólica devido à dificuldade de escoamento da geração no sistema elétrico.
Para os representantes do movimento, é hora de buscar equilíbrio:
Marcos Madureira, presidente da Abradee:
“Defendemos as energias renováveis e sua expansão, mas não podemos ignorar que o modelo atual transfere custos para a maioria dos brasileiros. O Movimento Energia Justa busca garantir que a conta de luz reflita equilíbrio, sem onerar aqueles que não têm acesso à geração própria.”
Luis Barata, presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia:
“O consumidor brasileiro já paga uma das tarifas mais altas do mundo. Não é justo que ele arque com subsídios bilionários para beneficiar poucos. Queremos uma transição energética inclusiva, em que todos possam se beneficiar das fontes limpas sem criar novas desigualdades.”

Paulo Pedrosa, presidente da Abrace:
“O país precisa avançar em energia limpa e competitiva, mas isso deve ocorrer de forma sustentável para o sistema e justa para a sociedade. Não podemos repetir erros que aumentam custos e comprometem a competitividade da economia. É preciso corrigir distorções agora.”
Atualmente, de cada R$ 100 pagos na conta de luz, cerca de R$ 4,05 correspondem apenas a subsídios da GD. Esses recursos poderiam estar sendo direcionados para investimentos em redes elétricas, programas sociais ou na expansão de renováveis de forma equilibrada e sustentável.
O Movimento Energia Justa defende: Equilíbrio para quem gera, segurança para quem distribui, igualdade para quem consome.
Porque para que a energia seja limpa, ela também precisa ser socialmente justa.
Energia limpa, sim. Repasse de custos, não.
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