Mobilização do Setor Elétrico em Defesa do Marco Legal da Geração Distribuída Solar

Mobilização do Setor Elétrico em Defesa do Marco Legal da Geração Distribuída Solar
Mobilização do Setor Elétrico em Defesa do Marco Legal da Geração Distribuída Solar - Foto: Reprodução / Freepik
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A defesa do Marco Legal da Geração Distribuída Solar é crucial para a segurança jurídica e o futuro do investimento no Setor Elétrico brasileiro.

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O Alerta Vermelho: A Defesa Inegociável da Lei 14.300

O Setor Elétrico brasileiro está em estado de mobilização. O motivo é a defesa intransigente do Marco Legal da Geração Distribuída (GD), consolidado pela Lei 14.300/22. Este não é um debate menor; ele representa a linha de frente entre a descentralização e a manutenção de modelos tradicionais. A Geração Distribuída Solar, que transformou milhões de consumidores em produtores, agora exige segurança jurídica para garantir o crescimento sustentável e evitar retrocessos.

A urgência do movimento reflete a pressão contínua por mudanças regulatórias que, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), ameaçam o equilíbrio da lei recém-aprovada. Para investidores e profissionais, o Marco Legal é a fundação que permitiu a atração de bilhões em investimento privado, gerando empregos e sustentabilidade local. Qualquer alteração abrupta pode anular a confiança conquistada.

O foco da mobilização é garantir que as regras de transição sejam respeitadas e que a legislação não sofra interpretações ou emendas que desvirtuem seu propósito original: o fomento à energia renovável na ponta do sistema. A comunidade da Geração Distribuída Solar clama por estabilidade, essencial para um segmento que já soma mais de 29 GW de potência instalada no país.

O Nó da Taxação: A Batalha pelo Fio B e a Lei 14.300

O ponto nevrálgico do debate é a nova regra de tarifação, especificamente a taxação do Fio B (custo da remuneração dos ativos da rede de distribuição) sobre a energia injetada. O Marco Legal estabeleceu uma regra de transição clara: os projetos protocolados até o prazo final (janeiro de 2023) mantêm o net metering (compensação total de créditos) até 2045.

No entanto, a lei prevê a cobrança gradual do Fio B para os novos projetos, começando com a isenção parcial e aumentando progressivamente até 2029. Essa regra, embora aceite pela ABSOLAR como um ponto de equilíbrio regulatório, é constantemente questionada por associações de distribuidoras, que argumentam sobre o peso dos subsídios cruzados.

A defesa do Setor Elétrico focado em Geração Distribuída Solar é que a Lei 14.300 já endereçou o tema do subsídio. O Marco Legal não só criou uma regra de transição, mas também previu estudos técnicos para calibrar o real benefício e custo da GD para o sistema. Tentar antecipar ou aumentar a taxação do Fio B antes do previsto seria uma quebra de segurança jurídica.

Segurança Jurídica e a Atração de Investimento na Geração Distribuída Solar

A palavra de ordem da mobilização é segurança jurídica. Investimentos em Geração Distribuída Solar são de longo prazo, com payback que depende da previsibilidade das regras. A instabilidade regulatória afasta o capital e paralisa projetos, afetando toda a cadeia produtiva, desde fabricantes de painéis até instaladores locais.

O Marco Legal foi aprovado após anos de debate exaustivo entre o Congresso Nacional, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a sociedade. Desrespeitar o pacto estabelecido na Lei 14.300 agora, sob pressão de um grupo específico do Setor Elétrico, enviaria um sinal devastador ao mercado.

A Geração Distribuída já injetou mais de R$ 140 bilhões na economia brasileira, criando centenas de milhares de empregos. Manter a integridade do Marco Legal não é apenas uma defesa setorial; é uma política econômica de fomento à energia renovável e à industrialização. O Brasil precisa de regras estáveis para manter o ritmo de investimento.

Os Benefícios Invisíveis da Geração Distribuída Solar

A mobilização em defesa do Marco Legal também se baseia nos inegáveis benefícios sistêmicos da Geração Distribuída Solar que, segundo seus defensores, compensam largamente o subsídio percebido no Fio B. Estes benefícios são difíceis de monetizar, mas cruciais para a transição energética.

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A GD atua como um vetor de descentralização e descarbonização. Ela reduz as perdas na rede de transmissão e distribuição, pois a energia é consumida onde é gerada. Além disso, a capacidade instalada da Geração Distribuída alivia a pressão sobre o sistema durante os picos de demanda, aumentando a segurança energética em nível local.

Para o Setor Elétrico como um todo, a Geração Distribuída Solar é um ativo de sustentabilidade. Ela permite que os municípios e empresas reduzam sua pegada de carbono, cumprindo metas ESG (Ambientais, Sociais e de Governança). O Marco Legal reconhece essa contribuição, e qualquer tentativa de desmantelá-lo ignora essa valoração ambiental e social.

O Contraponto das Distribuidoras e a Busca por Equidade

A mobilização encontra resistência, principalmente por parte da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE). A visão das distribuidoras é que o atual modelo de Geração Distribuída Solar impõe um custo injusto aos consumidores que não podem instalar painéis. Elas argumentam que o subsídio no Fio B onera a tarifa de energia dos demais usuários.

O Marco Legal tentou conciliar essas visões. Ao prever a cobrança futura do Fio B, a Lei 14.300 buscou uma solução de meio-termo, reconhecendo que o subsídio não pode ser eterno. Contudo, a pressa em taxar os projetos existentes ou alterar os prazos de carência é vista pela Geração Distribuída Solar como uma tentativa de minar a competitividade do setor.

A defesa do Marco Legal é que a GD precisa de tempo para amadurecer. O Setor Elétrico deve focar em como as distribuidoras podem se beneficiar da Geração Distribuída (e não apenas vê-la como um custo), utilizando-a como um ativo de lastro e de otimização de sua própria infraestrutura.

A Geração Distribuída como Motor da Transição Energética

A Geração Distribuída Solar é o maior motor da transição energética brasileira no varejo. Ela democratiza o acesso à energia renovável e permite que o Brasil avance em suas metas de descarbonização de forma rápida e capilarizada. A defesa do Marco Legal é, portanto, a defesa desse futuro.

A Lei 14.300 não é perfeita, mas é o instrumento legal que trouxe segurança jurídica após anos de incerteza regulatória (Resolução Normativa 482). A mobilização do Setor Elétrico em torno da GD busca estabilizar essa fundação e garantir que o investimento continue fluindo.

O recado é direcionado ao Congresso e aos órgãos reguladores: qualquer tentativa de desrespeitar o prazo de Fio B ou os direitos adquiridos nos termos do Marco Legal será um tiro no pé da segurança jurídica e do desenvolvimento da energia solar no Brasil. A Geração Distribuída Solar é um ativo nacional, e sua sustentabilidade deve ser preservada. A mobilização continuará enquanto houver ameaça à estabilidade da Lei 14.300.

Visão Geral

A Geração Distribuída Solar mobiliza o Setor Elétrico na defesa intransigente do Marco Legal, a Lei 14.300, contra tentativas de antecipação na taxação do Fio B, visando a manutenção da segurança jurídica e do fluxo de investimento no setor.

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