A última vez que o IGP-M apresentou sequência de mais de dois meses seguidos de deflação foi de abril a agosto de 2023
O Índice Geral de Preços no Mercado (IGP-M) é um importante indicador econômico que mede a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços no mercado. Em julho de 2025, o IGP-M apresentou uma deflação de 0,77%, marcando o terceiro mês seguido de preços em queda. Isso significa que, em média, os preços dos produtos e serviços ficaram mais baratos.
Comportamento do IGP-M
O IGP-M é calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e leva em conta três componentes: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). O IPA tem o maior peso, respondendo por 60% do IGP-M, seguido pelo IPC, que responde por 30%, e pelo INCC, que responde por 10%.
Em julho, o IPA apresentou uma deflação de 1,29%, influenciada principalmente pela queda nos preços do café em grão, minério de ferro, milho em grão e batata-inglesa. Já o IPC subiu 0,27%, impulsionado por aumentos nos preços da conta de luz e passagens aéreas. O INCC, por sua vez, subiu 0,91%, com aumentos nos custos de materiais, equipamentos, serviços e mão de obra.
Análise dos Componentes do IGP-M
A deflação observada no IGP-M em julho pode ser atribuída principalmente à queda nos preços dos produtos agrícolas e minerais, que são componentes importantes do IPA. Além disso, a manutenção da bandeira tarifária vermelha na conta de energia também contribuiu para o aumento dos custos de produção e consumo.
No entanto, é importante notar que a deflação não é necessariamente um indicador de uma economia em recessão. Em alguns casos, a deflação pode ser resultado de ganhos de produtividade, melhoria na eficiência produtiva ou redução nos custos de produção. No entanto, se a deflação for muito acentuada ou prolongada, pode ter efeitos negativos na economia, como a redução da demanda e do investimento.
Visão Geral
Em resumo, o IGP-M apresentou uma deflação de 0,77% em julho, marcando o terceiro mês seguido de preços em queda. A queda nos preços dos produtos agrícolas e minerais, bem como a manutenção da bandeira tarifária vermelha na conta de energia, foram os principais fatores que contribuíram para essa deflação. No entanto, é fundamental monitorar a evolução dos preços e da economia como um todo para entender melhor as implicações dessa deflação e seu impacto potencial no crescimento econômico e na inflação a longo prazo. Além disso, é sempre recomendável consultar [inadimplência no aluguel](https://mistobrasil.com/2025/07/30/inadimplencia-no-aluguel-voltou-a-subir-no-df/) e [bandeira vermelha deixa energia mais cara em agosto](https://mistobrasil.com/2025/07/28/bandeira-vermelha-deixa-energia-mais-cara-em-agosto/).
Créditos: Misto Brasil