Faculdade de Engenharia Química da Unicamp dá início a um projeto para produção de diesel renovável

Faculdade de Engenharia Química da Unicamp dá início a um projeto para produção de diesel renovável
Faculdade de Engenharia Química da Unicamp dá início a um projeto para produção de diesel renovável - Foto: Divulgação / Arquivo
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A Unicamp Inova na Produção de Diesel Renovável com o Projeto “Ethanoil+”

A Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp deu início a um projeto promissor visando tornar o processo de obtenção de biodiesel e diesel renovável – o chamado diesel verde – mais rápido, barato e sustentável. Utilizando óleos vegetais e etanol como matérias-primas, o projeto, batizado de “Ethanoil+”, foca no desenvolvimento de técnicas de produção com equipamentos menores, mais eficientes energeticamente e ecologicamente mais limpos.

Contexto e Financiamento do Projeto

O projeto “Ethanoil+” terá uma duração de cinco anos e conta com o apoio financeiro da Shell Brasil e da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), através da Unidade E-RENOVA.

Vantagens da Nova Tecnologia

O engenheiro químico e coordenador do projeto, professor Rubens Maciel Filho, destaca as significativas vantagens do processo desenvolvido em comparação com a rota tradicional:

  • Utilização de área consideravelmente menor para a produção.
  • Emprego de equipamentos menores.
  • Possibilidade de montagem no local exato onde a produção do óleo vegetal ocorre.

O professor compara a estrutura de produção atual, que se assemelha a plantas químicas grandes, com a do novo projeto: “Nós vamos produzir a partir de uma estrutura equivalente a um contêiner”, afirma.

Redução da Pegada de Carbono

Essa descentralização da produção traz benefícios ambientais diretos:

“Com isso, você consegue produzir no local de produção do etanol ou do óleo (que vier a ser utilizado) emitindo menos carbono no transporte das matérias-primas e no transporte do biocombustível, reduzindo significativamente a pegada de carbono”, exemplifica.

Segundo Maciel, um módulo do tamanho de um contêiner é capaz de produzir 10 mil litros por dia. A produção pode ser escalonada pelo conceito de adding up (princípio da soma), aumentando-se o número de módulos.

Fases do Desenvolvimento

O projeto será executado em duas etapas principais:

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A primeira fase, com duração de três anos, será dedicada ao aprimoramento de diversas etapas de produção, incluindo transesterificação, separação e obtenção do biodiesel e do diesel verde, garantindo que atendam às especificações da ANP. A transesterificação é um processo químico crucial para converter fontes renováveis, como óleos vegetais, em biocombustível de maneira eficiente.

Os dois anos subsequentes serão focados na construção do protótipo. O investimento total previsto pelos órgãos financiadores é de aproximadamente R$ 16 milhões.

Matérias-Primas Brasileiras e Aplicações do Diesel

O professor Maciel ressalta que o projeto utiliza matérias-primas abundantes e produzidas com eficiência no Brasil, como o etanol (proveniente de milho ou cana de açúcar) e óleos vegetais (como os de palma ou soja).

O projeto possui duas vertentes de aplicação para o produto final:

  1. Produzir biodiesel para ser misturado ao diesel fóssil, seguindo as normas da ANP.
  2. Produzir diesel renovável com potencial para substituir inteiramente o diesel fóssil no motor diesel, sem restrições de quantidade na mistura.

Otimismo com a Tecnologia

O coordenador demonstra grande confiança no sucesso da iniciativa:

“Os testes iniciais que deram origem à patente nos deixaram muito satisfeitos e confiantes de chegar a um protótipo que consiga alta produção e, ao mesmo tempo, com resiliência, ou seja, que possa ser utilizado com vários tipos de óleos”, conclui o professor.

O fundamento do projeto reside em uma patente de invenção de propriedade da Unicamp, cujos inventores incluem Rubens Maciel Filho, Maria Regina Wolf Maciel, Nívea de Lima da Silva e Cesar Benedito Batista.

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