A Vestas revelou um estudo inédito no Brazil Windpower 2025, destacando o papel estratégico da geração eólica no sistema elétrico brasileiro, essencial para combater o curtailment e a sobreoferta.
Conteúdo
- O Papel Estratégico da Geração Eólica na Curva de Demanda
- Aumento de Produção Eólica no Horário de Ponta
- Complementaridade Sazonal entre Eólica e Hidrelétrica
- Alertas Sobre Políticas Energéticas e Custos Sistêmicos
- Visão Geral
O Papel Estratégico da Geração Eólica na Curva de Demanda
O sistema elétrico nacional enfrenta um desafio significativo: uma rampa de mais de 36 GW entre o entardecer e o início da noite. Este período é particularmente crítico, marcado pela queda abrupta da geração solar e pelo aumento simultâneo da demanda por eletricidade. O estudo “Nem Toda Intermitência é Igual” da Vestas demonstra que a geração eólica possui uma dinâmica única que a diferencia de outras fontes intermitentes. Sua produção não segue a mesma curva decrescente. Pelo contrário, a energia eólica tende a aumentar justamente no fim da tarde, a partir das 16h, oferecendo um suporte crucial. Essa característica posiciona a fonte dos ventos como uma solução operacional perfeitamente alinhada às necessidades reais do país, mitigando a necessidade de acionar fontes mais caras e poluentes durante o pico.
Aumento de Produção Eólica no Horário de Ponta
Os dados da pesquisa confirmam a eficiência da energia eólica em momentos cruciais. A produção média aumenta cerca de 22% no intervalo entre 16h e 19h, demonstrando que a geração eólica acompanha de forma muito mais eficaz a acentuada curva de demanda nesse período crítico. Enquanto o país lida com o problema do curtailment, que é o desperdício de geração renovável por falta de escoamento ou consumo, essa capacidade de resposta da energia eólica ao pico de demanda se torna um diferencial operacional. O estudo sugere que tratar todas as fontes de intermitência da mesma forma é um erro, pois ignora as vantagens operacionais que a energia eólica oferece para manter a segurança e a resiliência do sistema elétrico brasileiro, garantindo que a energia chegue a todos os consumidores.
Complementaridade Sazonal entre Eólica e Hidrelétrica
Outro ponto de grande destaque no relatório é a altíssima complementaridade sazonal entre a energia eólica e a geração hidrelétrica. A natureza cíclica da produção das duas fontes reforça a segurança de suprimento do sistema elétrico. Durante a chamada “safra dos ventos”, a produção eólica atinge seu pico, coincidindo tipicamente com a estação seca das hidrelétricas, período em que os reservatórios estão com níveis mais baixos. Nos meses úmidos, quando a energia eólica naturalmente produz menos, os reservatórios hídricos se recuperam, e a fonte hídrica assume o protagonismo na matriz. Essa alternância natural minimiza os riscos de escassez e maximiza a utilização eficiente dos recursos renováveis do país, reforçando a resiliência energética do Brasil.
Alertas Sobre Políticas Energéticas e Custos Sistêmicos
O estudo da Vestas emite um alerta crucial sobre os perigos de políticas energéticas desalinhadas com os sinais econômicos e operacionais do setor. Decisões baseadas em incentivos mal calibrados ou a priorização de fontes que não oferecem a flexibilidade necessária podem agravar o curtailment e, consequentemente, elevar os custos sistêmicos para o consumidor final. A energia eólica, em contraste, não se destaca apenas pela contribuição operacional durante o pico de demanda, mas também por apresentar um dos menores Custos Nivelados de Energia (LCOE) da matriz brasileira. A falta de distinção entre as diferentes fontes de intermitência pode comprometer a sustentabilidade da matriz e a segurança do suprimento. Para quem busca otimizar o consumo, o Portal Energia Limpa oferece soluções inteligentes para o mercado livre.
Visão Geral
“Tratar todas as fontes intermitentes como equivalentes ignora essas diferenças fundamentais e pode levar a decisões desalinhadas com as necessidades reais do sistema, elevando os custos de energia, comprometendo a segurança de suprimento e colocando em risco a sustentabilidade da matriz”, ressalta Eduardo Ricotta, executivo da Vestas. A geração eólica provou ser um parceiro estratégico fundamental, não apenas como uma fonte limpa e de baixo custo (LCOE), mas como um elemento estabilizador capaz de responder à demanda por eletricidade nos horários mais críticos. Investir em conhecimento aprofundado sobre a dinâmica de cada fonte renovável é essencial para garantir um sistema elétrico eficiente e mais seguro para o futuro energético do Brasil.























