Um encontro estratégico em Belém, durante a COP30, reuniu líderes do setor elétrico para debater os rumos da descarbonização e da transição energética justa.
Um evento promovido pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), no dia 13 de novembro, em Belém, reuniu representantes do segmento, autoridades e especialistas para discutir a agenda das mudanças climáticas na distribuição de energia. O encontro ocorreu a bordo de uma embarcação e contou com a presença de cerca de 80 pessoas, incluindo importantes nomes do setor elétrico brasileiro. O diretor executivo de Regulação da Abradee, Ricardo Brandão, anfitrião do evento, saudou os presentes, sublinhando a relevância da presença do segmento de distribuição em uma COP sediada no Brasil e a capacidade de congregar tantos atores cruciais neste fórum. Entre os participantes estavam a enviada especial da COP30 para o setor empresarial, Marina Grossi; o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo; o diretor geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Márcio Rea; o deputado federal João Carlos Bacelar; e presidentes de grandes empresas como Equatorial Energia, Enel, e Neoenergia, além de executivos, técnicos e pesquisadores.
Ricardo Brandão, ao avaliar o encontro, destacou o papel da Abradee.
> *“O papel da Abradee é exatamente o de reunir as empresas e as partes interessadas, promover o debate, buscar soluções e preparar o segmento de distribuição de energia para os desafios que as mudanças climáticas impõem para a gente. Então, ter todas essas pessoas junto conosco aqui, em Belém, na COP30, é uma conquista e um reconhecimento do nosso esforço em exercer esse papel de conexão e engajamento”*
Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e enviada da COP30 para o setor empresarial, enfatizou a liderança da Abradee na elaboração do documento da Coalizão do Setor Elétrico. Ela ressaltou a importância crescente da participação do setor privado em uma COP focada em implementação.
> *“Essa é uma COP de implementação, então a participação do setor privado cresce, ainda mais de importância. A Coalizão do Setor Elétrico traz essa contribuição, tão difícil porque extremamente democrática e inclusiva, reunindo vários atores, de diversos segmentos, liderados pela Abradee e outras associações.”*
A abertura do evento também contou com pronunciamentos de Márcio Caires, da Equatorial; Márcio Rea, diretor do ONS; Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre; deputado João Carlos Bacelar; e Solange Ribeiro, vice-presidente da Neoenergia.
Painéis Debatem Transição Energética e Descarbonização
Em seguida, foram realizados dois painéis de discussão cruciais. O primeiro focou no papel da distribuição de energia para a transição energética, abordando a necessidade de energia competitiva e acessível. A mesa contou com a participação de Fernando Maia, vice-presidente de Regulação e Relações Institucionais da Energisa; Guilherme Lencastre, Presidente da ENEL São Paulo; e Christiano Vieira, diretor de Operação do ONS. O painel foi mediado por Ricardo Brandão.
O segundo painel trouxe a diretora de Comunicação e Sustentabilidade da Abradee, Cristina Garambone, que recebeu Érica Perin, Sócia líder de Impostos Diretos e ESG TAX da EY para Brasil e LAS, e Dominic Schamal, diretor de Sustentabilidade da EDP. O tema central foi a contribuição do setor elétrico para a descarbonização da economia e a análise dos riscos e oportunidades inerentes a esse processo de transformação.
Apresentação de Estudo da Coalizão do Elétrico
Cristina Garambone, em conjunto com Ângela Gomes, diretora executiva da consultoria PSR, conduziu a apresentação das conclusões fundamentais do estudo da Coalizão do Elétrico. O material, intitulado “Coalizão do Setor Elétrico: Energia limpa, competitiva e resiliente para transformar o Brasil”, foi lançado em 13 de outubro, em Brasília. Seu objetivo primordial é oferecer suporte à presidência brasileira da COP30 com dados, oportunidades e iniciativas que demonstrem o potencial do Brasil em liderar a transição energética, pavimentando o caminho para um sistema descarbonizado, sustentável e justo.
O desenvolvimento deste estudo foi possível graças ao trabalho e patrocínio de seis associações setoriais, com a Abradee atuando como patrocinadora master. O processo envolveu mais de 70 entidades, além do CEBDS e da consultoria PSR. O sumário executivo do estudo está disponível para consulta no seguinte endereço:























