E não se trata apenas de economia. É também sobre responsabilidade ambiental. A cada ano, a sociedade cobra mais iniciativas conscientes das empresas — especialmente das grandes indústrias, que estão entre as mais poluentes.
Ficar à mercê das oscilações das bandeiras tarifárias de energia no Brasil pode significar instabilidade orçamentária. Isso porque, as variações estão diretamente ligadas às condições climáticas e ao nível dos reservatórios das hidrelétricas — fatores que, diante do aquecimento global, estão cada vez mais frequentes.
No fim de maio, por exemplo, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou a bandeira tarifária vermelha (patamar 1) para o mês de junho, o que representa um aumento no custo da energia para todos os consumidores do ambiente regulado. O que muitos brasileiros ainda não sabem é que esse tipo de reajuste tende a se tornar cada vez mais comum, pois os impactos das mudanças climáticas estão se intensificando ano após ano.
Nos últimos tempos, o país enfrentou secas históricas em diversas regiões, incluindo a Amazônia — algo que, até pouco tempo atrás, era difícil de imaginar. Sem contar as ondas de calor extremo. As altas temperaturas registradas ano passado e no início deste ano afetaram a qualidade do solo, intensificando a evaporação e contribuindo para a redução do volume de água em muitos rios.
Por isso, é importante que todos, inclusive os empresários, comecem a analisar o cenário climático no planeta, para entender quais são as opções de energia que podem garantir uma estabilidade nos custos.

O Brasil é um país riquíssimo em recursos naturais e está entre os que mais investem em tecnologias de fontes renováveis. Em 2024, dados da IRENA (Agência Internacional para Energias Renováveis) colocaram o Brasil entre os 10 maiores mercados de energia limpa do mundo. Esse avanço foi impulsionado por diversas movimentações no setor de energia nacional, como o fortalecimento do Mercado Livre de Energia. Esse ambiente de contratação mais flexível incentivou investimentos privados e foi decisivo para viabilizar projetos de geração solar e eólica em larga escala, contribuindo diretamente para uma matriz elétrica mais limpa e sustentável.
Diante das constantes oscilações nas bandeiras tarifárias, por que não considerar a transição energética?
O Mercado Livre de Energia e até mesmo modelos como Energia por Assinatura são alternativas viáveis e cada vez mais acessíveis. No caso do modelo por assinatura, a economia na conta de luz pode chegar até 20%. O cliente passa a consumir a energia gerada pelas usinas renováveis, gera créditos que são automaticamente compensados na fatura emitida por sua distribuidora. É uma excelente alternativa para pequenos e médios empresários, pois também não há gastos com construção de usinas. Sem contar o Mercado Livre de Energia, amplamente divulgado.
Ainda há consumidores que demonstram certa cautela diante de modelos que oferecem economia, muitas vezes por não entenderem completamente as regras e mecanismos que tornam essas soluções viáveis. No entanto, neste caso, a economia pode, de fato, ser real e significativa. É fundamental desmistificar essa percepção. Os descontos oferecidos por esses serviços representam vantagens concretas ao consumidor final, frequentemente associados à previsibilidade orçamentária e à ampliação do poder de escolha.
E não se trata apenas de economia. É também sobre responsabilidade ambiental. A cada ano, a sociedade cobra mais iniciativas conscientes das empresas — especialmente das grandes indústrias, que estão entre as mais poluentes.
Diante dessa realidade, migrar para fontes renováveis é uma decisão inteligente: contribui para a preservação ambiental e ainda permite realocar recursos antes gastos com contas elevadas de energia para investimentos mais estratégicos, como aquisição de equipamentos, ampliação do empreendimento e renovação de frotas.
