A Dow Brasil se destaca globalmente! Alcançou 100% de consumo de energia renovável em suas três unidades eletrointensivas no país, liderando a transição energética corporativa.
Conteúdo
- A Importância Estratégica da Matriz Energética
- Diversificação de Fontes: Biomassa e Eletrificação
- Desafios e Necessidade de Incentivos
- Estratégias Globais de Energia
- Visão Geral
A Importância Estratégica da Matriz Energética
A Dow Brasil alcançou uma marca histórica ao se tornar a primeira região da companhia a operar inteiramente com energia elétrica renovável. Esse feito não é casual; o Brasil foi selecionado como pioneiro devido às características altamente favoráveis de sua matriz energética. Segundo Vinícius Sambucus, gerente de energia e clima da Dow, essa vantagem competitiva valida a decisão, que abrange um consumo robusto de cerca de 265 megawatts médios. Essa energia é distribuída em três unidades eletrointensivas localizadas estrategicamente na Bahia, Minas Gerais e Pará. Esse sucesso representa aproximadamente 50% de todo o volume de eletricidade renovável adquirido pela Dow em nível global, demonstrando o papel crucial do país na sustentabilidade e na transição energética da corporação.
Para garantir esse fornecimento de 100% renovável, a Dow Brasil implementou uma série de instrumentos contratuais diversificados. Entre as soluções utilizadas, destacam-se os acordos de autoprodução de energia. Sambucus detalhou que o modelo envolve diversas formas de contratos, sendo que algumas dessas fontes renováveis já estão em pleno funcionamento, enquanto outras estão em fase de construção e entrarão em operação no próximo ano. Essa estratégia complexa, que une acordos de longo prazo e investimentos diretos em parques geradores, foi crucial para viabilizar a operação das três grandes plantas de forma sustentável. A Dow se posiciona assim como um caso de estudo global, provando a viabilidade técnica e econômica da migração completa para fontes limpas em grandes operações industriais.
Diversificação de Fontes: Biomassa e Eletrificação
O foco da Dow não se restringe à energia elétrica renovável. A empresa está expandindo ativamente a diversificação de suas fontes energéticas, incluindo o setor térmico. Na unidade industrial situada na Bahia, por exemplo, 50% da demanda por vapor necessária aos processos é suprida através da biomassa de eucalipto, enquanto a parcela restante é atendida pelo gás natural. Contudo, a aceleração na adoção de tecnologias renováveis mais avançadas enfrenta obstáculos puramente econômicos. A Dow está avaliando a viabilidade da utilização de biometano e a eletrificação de diversos processos, mas, conforme apontado pelo executivo Vinícius Sambucus, o atual balanço financeiro dessas iniciativas de energia térmica ainda não é totalmente favorável.
Desafios e Necessidade de Incentivos
A autoprodução de energia tem sido um pilar essencial para a viabilidade econômica dos projetos de energia renovável da Dow no Brasil. Entretanto, o cenário regulatório recente trouxe complexidades adicionais, impactando novos contratos de autoprodução. Sambucus levantou uma crítica contundente à política de subsídios energéticos brasileira. Ele argumenta que, enquanto o país oferece incentivos na esfera da geração, falta um sinal econômico claro direcionado ao consumo de energia limpa, questionando a falta de motivação para migrar para fontes como o biometano. O executivo defende que incentivos direcionados ao consumo industrial seriam muito mais eficazes para impulsionar a transição energética e garantir a competitividade das operações brasileiras.
Estratégias Globais de Energia
A estratégia da Dow para alcançar a sustentabilidade energética é adaptada às peculiaridades e vantagens de cada região global, refletindo a flexibilidade da companhia. Enquanto o Brasil utiliza a força de sua matriz renovável e o modelo de autoprodução para atingir 100% de consumo limpo, outras regiões adotam abordagens distintas. Nos Estados Unidos, a Dow está envolvida no desenvolvimento de tecnologia avançada, como a pesquisa em pequenos reatores nucleares, em colaboração direta com o Departamento de Energia. Já no mercado europeu, a empresa prioriza acordos de compra de energia de longo prazo (PPAs) para garantir o fornecimento renovável. Essa diversidade estratégica garante que a Dow utilize suas fortalezas regionais para avançar em suas metas climáticas globais, mantendo o foco em soluções limpas e viáveis.
Visão Geral
O êxito da Dow Brasil em atingir 100% de energia renovável serve como um importante case global de transição energética para a indústria eletrointensiva. Embora a empresa tenha superado barreiras regulatórias e técnicas por meio de contratos de autoprodução, o caminho para a descarbonização total ainda exige reformas estruturais no Brasil. A necessidade de incentivos claros e direcionados ao consumo industrial de fontes como biometano e biomassa é destacada como o próximo passo crucial para fechar a equação econômica. O exemplo brasileiro, que se apoia em uma robusta matriz energética, pode influenciar positivamente outras grandes corporações a buscar parcerias com fornecedores de soluções, como a Portal Energia Limpa, para alcançar suas próprias metas de sustentabilidade corporativa.






















