Mercado festeja sinal de alívio do Fed: Ibovespa dispara e dólar recua
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, teve um dia de forte alta, avançando quase 3 mil pontos e alcançando a marca dos 137 mil pontos. Esse movimento de valorização foi impulsionado pela renovação das expectativas de que o Banco Central dos Estados Unidos, o [Federal Reserve](https://www.federalreserve.gov/), possa em breve reduzir suas taxas de juros. A expectativa surgiu após o aguardado discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no Simpósio de [Jackson Hole](https://www.kansascityfed.org/jackson-hole-symposium/), um evento econômico de grande importância. Com a sinalização de possível flexibilização da política monetária na maior economia do mundo, o [dólar](https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/dolar) enfraqueceu-se frente às principais moedas globais e às moedas de países emergentes.
A Dinâmica do Dólar
Na sexta-feira (22), o [dólar à vista](https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/dolar) encerrou as negociações em queda de 0,97%, cotado a R$ 5,4258. Essa desvalorização do dólar no Brasil seguiu uma tendência global. Por volta das 17h (horário de Brasília), o índice DXY – que compara o dólar a uma cesta de seis importantes moedas, como o euro e a libra – registrava queda de 0,89%, atingindo 97.729 pontos. Apesar da forte queda do dia, o dólar acumulou uma pequena alta de 0,52% frente ao real no mercado à vista ao longo da semana.
O Impacto no Ibovespa
Conforme mencionado, o [Ibovespa](https://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/negociacao/renda-variavel/indices/ibovespa/ibovespa-comportamento-do-indice-e-composicao.htm) reagiu de forma muito positiva, acelerando seus ganhos e saltando dos 134 mil para os 137 mil pontos. Esse avanço significativo fez com que o índice zerasse as perdas que havia acumulado durante a semana, mostrando a força da reação do mercado às expectativas de um ambiente de juros mais baixos nos EUA.
A Mensagem do Federal Reserve
O discurso de Jerome Powell, presidente do [Federal Reserve](https://www.federalreserve.gov/), no evento anual de [Jackson Hole](https://www.kansascityfed.org/jackson-hole-symposium/), foi o principal foco dos investidores. A “chave” para a euforia do mercado foi a possibilidade de um afrouxamento da política monetária na economia americana, conforme noticiado pelo [MoneyTimes](https://www.moneytimes.com.br/). Durante seu pronunciamento, Powell afirmou que “a política em território restritivo, a perspectiva básica e a mudança no equilíbrio de riscos podem justificar ajustes” na postura do Banco Central. Essa declaração foi interpretada pelo mercado como uma sinalização de que um corte nas taxas de juros pode estar no horizonte.
Reflexos no Brasil
No Brasil, a expectativa de corte nos juros norte-americanos também gerou impactos na curva de juros futuros. Algumas instituições de análise de mercado já começaram a antecipar suas projeções para a flexibilização da taxa [Selic](https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/taxaselic) por parte do nosso próprio [Banco Central](https://www.bcb.gov.br/). Isso demonstra como as decisões econômicas de potências globais reverberam e influenciam as políticas monetárias de outros países.
Visão Geral
Em resumo, a movimentação do mercado financeiro na última sexta-feira foi fortemente influenciada pelas expectativas em torno da política monetária dos Estados Unidos. A sinalização de um possível corte nas taxas de juros pelo [Federal Reserve](https://www.federalreserve.gov/) em [Jackson Hole](https://www.kansascityfed.org/jackson-hole-symposium/) provocou um enfraquecimento do [dólar](https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/dolar) globalmente e impulsionou o [Ibovespa](https://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/negociacao/renda-variavel/indices/ibovespa/ibovespa-comportamento-do-indice-e-composicao.htm) no Brasil, que inclusive recuperou as perdas da semana. As repercussões se estenderam até a projeção da [Selic](https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/taxaselic) pelo [Banco Central](https://www.bcb.gov.br/), evidenciando a interconexão entre as grandes economias e a sensibilidade dos mercados às declarações de seus principais líderes.
Créditos: Misto Brasil