A COP30 prometeu mobilizar US$ 1,3 trilhão por ano para ações climáticas. O “Pacote de Belém”, porém, causou polêmica ao omitir menções diretas à eliminação dos combustíveis fósseis.
Conteúdo
- A Omissão dos Combustíveis Fósseis na COP30
- As Ambições de Financiamento Climático e o Pacote de Belém
- Compromissos Adicionais e Aceleração do Acordo de Paris
- Protestos, Geopolítica e a Visão Geral da Conferência
A Omissão dos Combustíveis Fósseis na COP30
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025, conhecida como COP30, realizada em Belém, encerrou-se com um resultado controverso: a ausência de qualquer menção direta à eliminação gradual dos combustíveis fósseis no seu acordo final, o “Pacote de Belém”. Este fato gerou intensa preocupação entre nações signatárias, incluindo negociadores da América do Sul e da União Europeia, visto que a queima desses recursos é reconhecida cientificamente como a principal impulsionadora do aquecimento global. Embora mais de 80 países tenham apoiado uma proposta brasileira para incluir um mapa formal de eliminação, o texto final optou por uma referência mais vaga ao “Consenso de UAE” da COP28, focando primariamente em solidariedade e investimento, adiando o debate sobre a transição energética para encontros futuros.
As Ambições de Financiamento Climático e o Pacote de Belém
Apesar da polêmica sobre a eliminação dos combustíveis fósseis, o texto final da COP30 estabeleceu metas financeiras ambiciosas. O acordo, assinado por 194 países, firmou o compromisso crucial de mobilizar anualmente US$ 1,3 trilhão para financiar ações climáticas globais. Além disso, houve um impulso significativo para triplicar o financiamento destinado à adaptação climática até 2035, um reconhecimento explícito da vulnerabilidade das nações em desenvolvimento. Pela primeira vez na história das COPs, o documento também destacou a necessidade premente de combater a desinformação e narrativas contrárias que buscam minar as ações urgentes baseadas em dados científicos. A ênfase no investimento reforça a prioridade dada ao capital como motor das mudanças necessárias para mitigar os efeitos das alterações do clima.
Compromissos Adicionais e Aceleração do Acordo de Paris
Os ganhos obtidos na COP30 foram rapidamente destacados pelo secretário de clima da ONU, Simon Stiell, que enfatizou a criação de novas estratégias para acelerar a implementação do Acordo de Paris e os compromissos em direção a uma transição energética mais robusta. Reconhecendo as limitações do texto final, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, anunciou a criação de dois programas focados em áreas críticas: um destinado a reverter e interromper o desflorestamento, e outro dedicado a garantir uma transição energética justa e socialmente ordenada. Para impulsionar a sustentabilidade corporativa e pessoal, a busca por fontes de energia limpa é fundamental, como a oferecida pelo Portal Energia Limpa, que apoia diretamente a diminuição da dependência de energias poluentes.
Protestos, Geopolítica e a Visão Geral da Conferência
A conferência, realizada em Belém (PA) de 10 a 22 de novembro, demonstrou a resiliência diplomática, mantendo 194 nações unidas para limitar o aquecimento em 1.5°C, mesmo em meio a “águas turbulentas na geopolítica”, conforme observou Simon Stiell. No entanto, o evento não esteve isento de tensões sociais. Foi marcado por protestos significativos, incluindo um bloqueio realizado por grupos indígenas que exigiam maior proteção para a Floresta Amazônica, ressaltando a conexão intrínseca entre clima e biodiversidade. Tais eventos externos, juntamente com incidentes como um incêndio em um dos pavilhões, sublinham a complexidade e a urgência do debate global sobre o clima, reforçando que os compromissos financeiros devem ser acompanhados por ações imediatas e justas.























