As vendas de cimento em outubro registraram um aumento de 7,1% em comparação com o mesmo período de 2024, totalizando 6,3 milhões de toneladas, conforme dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), com um acumulado de 56,6 milhões de toneladas de janeiro a outubro e um crescimento de 3,5% em relação ao ano anterior, além de uma média diária de despacho de 252,3 mil toneladas, o que representa um aumento de 5,0% em relação a outubro de 2024.
As vendas de cimento em outubro registraram um aumento de 7,1% em comparação com o mesmo período de 2024, totalizando 6,3 milhões de toneladas, conforme dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). No acumulado do ano, de janeiro a outubro, o setor alcançou 56,6 milhões de toneladas, representando um crescimento de 3,5% em relação ao ano anterior. A média diária de despacho de cimento atingiu 252,3 mil toneladas, um aumento de 5,0% em relação a outubro de 2024.
Mercado de Trabalho Aquecido vs. Confiança Empresarial
O desempenho do setor de cimento refletiu um cenário econômico complexo, marcado por um mercado de trabalho aquecido e desafios como altas taxas de juros, inadimplência e endividamento. A taxa de desemprego atingiu o menor nível da série histórica, com 5,6% em setembro, e a população ocupada alcançou recordes, totalizando 102,4 milhões de pessoas. Esse cenário positivo impulsionou a confiança do consumidor pelo segundo mês consecutivo.
Contudo, a confiança empresarial não acompanhou o mesmo otimismo. A confiança na indústria apresentou piora pelo sétimo mês no ano, e a confiança na construção também registrou queda em outubro, com preocupações relacionadas à demanda insuficiente, custo do crédito e escassez de mão de obra.
Desafios do Setor: Custo do Crédito e Orçamento Familiar
Os principais desafios enfrentados pelo setor de cimento estão relacionados ao custo do crédito e ao orçamento familiar. O endividamento da população, que atingiu 48,91%, e a alta taxa de inadimplência, com 78,8 milhões de pessoas, continuam limitando o consumo. Além disso, a manutenção da taxa Selic em 15% e as expectativas de inflação acima da meta impactam o mercado imobiliário, um importante impulsionador do consumo de cimento.
Impacto no Financiamento e Programas Habitacionais
O impacto mais expressivo é observado no financiamento para construção, com uma queda acumulada de 55,4% nas operações apuradas pelo SBPE até agosto. Os lançamentos imobiliários, apesar de terem crescido 6,8% até junho, recuaram 6,8% no segundo trimestre. O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) seguiu a mesma tendência, com um crescimento de 7,8% no semestre, mas uma queda de 15,5% no segundo trimestre.
Visão Geral
Em resumo, o setor de cimento demonstrou resiliência em outubro, impulsionado por um mercado de trabalho aquecido. No entanto, enfrenta desafios significativos relacionados ao alto endividamento da população, altas taxas de juros e a desaceleração do mercado imobiliário. O desempenho futuro do setor dependerá da superação desses obstáculos e da retomada do crescimento econômico.
Créditos: Misto Brasil





















