Modelo desenvolvido pela Brasol se conecta ao Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e monitora áreas de risco em tempo real
Com a expansão da geração distribuída no Brasil e a instalação de usinas em áreas com características ambientais diversas, cresce a necessidade de mecanismos que assegurem a continuidade e a segurança da operação. Em regiões sujeitas a períodos prolongados de seca, a proximidade de queimadas pode representar risco às infraestruturas energéticas, especialmente quando há vegetação no entorno ou acesso limitado.
Diante desse cenário, a Brasol desenvolveu o primeiro sistema de monitoramento preventivo que utiliza dados do Programa de Queimadas do INPE e integra essas informações ao seu centro de operações através de Agentes de IA. No total, 11 satélites coletam as informações que são compartilhadas com a solução da Brasol. A ferramenta captura avisos de focos próximos aos ativos, acompanha deslocamentos e aciona gatilhos de verificação visual remota 24/7 e o contato com as equipes locais, conforme protocolos definidos pela companhia.
“Esse sistema responde a uma demanda do mercado por maior segurança e previsibilidade operacional. Para nossos clientes, a capacidade de antecipar riscos externos traduz-se diretamente em redução do tempo de parada potencial e em proteção patrimonial — fatores que afetam o custo e a continuidade do negócio”, afirma Ty Eldridge, CEO da Brasol.
A solução, que opera atualmente em aproximadamente 130 ativos e já superou R$ 15 milhões em danos evitados só em 2025, possui configuração geográfica baseada em coordenadas e histórico de alertas que permite mapear a proximidade de pontos em diferentes raios. A operação inclui verificação por CFTV (Circuito Fechado de Televisão), rondas perimetrais e comunicação padronizada via plataformas internas, o que assegura rastreabilidade e registro de cada evento.
‘’Do ponto de vista técnico, o diferencial desta abordagem está na convergência entre dados públicos de satélites e nossa lógica de priorização. Isso permite identificar trajetórias de risco com antecedência prática suficiente para acionar equipes e medidas mitigadoras, preservando o ativo e garantindo serviço ao cliente’’, explica o executivo.
Integração operacional
O sistema está integrado ao Centro de Operações da Brasol, que faz um monitoramento 24/7 e padroniza procedimentos de resposta. A companhia também conduziu treinamentos técnicos com pesquisadores do INPE para calibrar a distinção entre focos reais e calor industrial.
“Em um mercado em que ativos são cada vez mais expostos às variáveis climáticas, oferecer monitoramento estruturado nos torna mais competitivos. A evolução da plataforma permitirá, no médio prazo, oferecer níveis de serviço diferenciados aos clientes, como relatórios periódicos de risco e integração com planos de manutenção preventiva”, complementa o CEO.
A Brasol segue aprimorando a solução, ampliando a base de ativos monitorados e refinando regras de priorização conforme sazonalidade e particularidades regionais de cada usina. A expectativa da companhia é consolidar a rotina de prevenção como componente padrão da operação de geração distribuída no Brasil.























