A população brasileira alcançou, em 2024, os melhores índices de renda, desigualdade social e pobreza dos últimos 30 anos, conforme um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
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A população brasileira alcançou, em 2024, os melhores índices de renda, desigualdade social e pobreza dos últimos 30 anos, conforme um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Na série histórica de pesquisas domiciliares iniciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1995, o ano passado apresentou os melhores patamares em todos os indicadores avaliados.
Crescimento da Renda e Redução da Desigualdade
A pesquisa do Ipea revelou que, desde 1995, a renda domiciliar per capita no Brasil cresceu aproximadamente 70%. Adicionalmente, a desigualdade, medida pelo [índice de Gini](https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_de_Gini), teve uma queda de quase 18%, enquanto a extrema pobreza diminuiu de 25% para menos de 5% da população.
Período de Crises e Recuperação
O Brasil enfrentou um período de crises entre 2014 e 2021, marcado por recessão, lenta recuperação econômica e o forte impacto da pandemia de COVID-19. Durante esse período, a renda per capita atingiu o nível mais baixo em uma década. No entanto, entre 2021 e 2024, a renda média real apresentou um crescimento superior a 25%.
Impulso para a Redução da Desigualdade
De acordo com o estudo, a redução da desigualdade e da extrema pobreza no período recente foi impulsionada por um mercado de trabalho aquecido e pela expansão das transferências assistenciais por meio de programas sociais como o [Bolsa Família](https://www.gov.br/mds/pt-br/bolsafamilia) e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Efeito Dinâmico das Transferências
O estudo aponta que o efeito dinâmico das transferências diminuiu no biênio 2023–2024, refletindo o fim do ciclo recente de expansão desses programas. No entanto, o mercado de trabalho continuou a exercer uma forte influência sobre a melhora dos indicadores, sendo responsável pela maior parte da redução adicional da pobreza e da desigualdade nesse período.
Desafios Persistentes
Apesar dos avanços significativos, o estudo destaca que 4,8% da população ainda vivia abaixo da linha de extrema pobreza (US$ 3 por dia, cerca de R$ 16), e 26,8% estava abaixo da linha de pobreza (US$ 8,30 por dia, cerca de R$ 46).
Visão Geral
Em resumo, o estudo do Ipea demonstra que o Brasil alcançou avanços importantes na redução da desigualdade e da pobreza nos últimos anos, impulsionados tanto por políticas sociais quanto pelo desempenho do mercado de trabalho. No entanto, ainda existem desafios significativos a serem superados para garantir uma distribuição de renda mais equitativa e a erradicação da pobreza extrema no país.
Créditos: Misto Brasil






















