Cemig confirma aporte de R$ 44 bilhões até 2030 para reengenharia da rede e expansão de fontes renováveis em Minas Gerais.
Conteúdo
- Foco Primário: Resiliência da Distribuição
- Capturando o Crescimento da Geração Renovável
- Transmissão e Novos Negócios: Olhando Além do Fio Básico
- O Foco no Ciclo 2026-2030
- Visão Geral
O Foco Primário: Resiliência da Distribuição
O maior dreno de recursos, e o setor que mais exige atenção imediata, é a distribuição. A Cemig direcionará uma fatia substancial desses investimentos de R$ 44 bilhões para combater a principal dor de cabeça dos consumidores e da ANEEL: a recorrência de problemas e a baixa qualidade do serviço, especialmente em áreas rurais e metropolitanas.
O plano prevê a aceleração da digitalização da rede. Estamos falando de implementação em larga escala de smart grids e sistemas avançados de automação e telegestão. O objetivo é claro: reduzir drasticamente os indicadores DEC/FEC, aumentando a confiabilidade do fornecimento. Para os profissionais do setor, isso significa um aumento na demanda por smart meters, sensores IoT e softwares preditivos.
Capturando o Crescimento da Geração Renovável
O segundo pilar de alocação é a Geração Renovável, o motor da transição energética. Minas Gerais é um player chave no mapa solar brasileiro, e a Cemig pretende solidificar sua posição. Os investimentos visam tanto a expansão da capacidade própria (centrais de geração) quanto o suporte à geração distribuída (GD) que se conecta à sua malha.
A ideia é otimizar a injeção de energia limpa na rede. Isso requer investimentos em modernização das subestações e linhas de transmissão para absorver volumes intermitentes sem sobrecarregar o sistema. A ambição não é apenas participar, mas liderar o crescimento verde no estado, capitalizando sobre o potencial hidrelétrico remanescente e as novas fontes solar e eólica.
Transmissão e Novos Negócios: Olhando Além do Fio Básico
Uma parte significativa dos R$ 44 bilhões será destinada a oportunidades reguladas de transmissão. A expansão da rede de alta tensão é a via de escoamento da energia limpa gerada em novas usinas e é crucial para conectar regiões remotas do estado ao sistema interligado nacional.
Além disso, a Cemig sinaliza uma abertura robusta para Novos Negócios. Isso inclui a expansão da atuação em last mile de fibra óptica (que potencializa a automação da distribuição) e a exploração do potencial do gás natural e, eventualmente, do hidrogênio natural, alinhando-se às tendências exploradas pelo MME.
O Foco no Ciclo 2026-2030
O primeiro aporte, R$ 6,7 bilhões já em 2026, demonstra a urgência em iniciar a reestruturação. Este front-loading de capital é necessário para corrigir gargalos operacionais críticos antes do ciclo completo. O montante total, que se estende até 2030, reflete um compromisso de médio prazo que deve estabilizar a empresa e criar um ambiente regulatório mais favorável para futuras avaliações da ANEEL.
Para os engenheiros, traders e economistas do setor, o plano da Cemig estabelece um benchmark de ambição em Minas Gerais. Os investimentos de R$ 44 bilhões são a aposta de que a modernização da rede e a expansão da geração renovável são indissociáveis da saúde financeira e operacional da concessionária. É um movimento ousado que visa transformar a companhia em um vetor robusto da descarbonização nacional.
Visão Geral
O Conselho de Administração da Cemig aprovou um plano de investimentos de R$ 44 bilhões até 2030, focado em modernizar a distribuição, expandir a geração renovável e fortalecer a transmissão em Minas Gerais, visando maior confiabilidade e liderança na transição energética.
























