Especialistas comentam desafios da energia limpa rumo à COP30

Energia limpa: parceria inovadora para armazenamento sustentável
Energia limpa: parceria inovadora para armazenamento sustentável - Foto: Reprodução / Pixabay
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Os especialistas debatem os caminhos para a transição energética e os desafios da energia limpa que o Brasil precisa superar para se consolidar como líder global antes da COP30.

O cenário energético mundial está em constante transformação, impulsionado pela necessidade urgente de descarbonização. Fontes limpas já representam uma parcela significativa da eletricidade global, conforme dados recentes indicam um crescimento gradual na adoção de energia limpa. Essa mudança reflete um esforço internacional para mitigar os impactos das mudanças climáticas, embora os ritmos dessa transição energética variem consideravelmente entre nações e setores. Para os profissionais do setor, o Brasil detém um potencial notável para se destacar nesse novo panorama global, mas precisa endereçar questões estruturais e aproveitar as oportunidades emergentes.

A Transição Energética em Ritmos Diferentes

A transição energética global ocorre de maneira heterogênea. Cenira Nunes, gerente-geral de Meio Ambiente da Gerdau, ressalta que, embora a urgência seja clara, a substituição total das fontes de energia existentes não ocorrerá rapidamente, seguindo o padrão de transições históricas. O setor elétrico, no entanto, demonstra um avanço mais acelerado, com as fontes renováveis ganhando espaço na matriz elétrica mundial nos últimos vinte anos, impulsionadas por inovações em tecnologias solar e eólica. Essa evolução tecnológica é crucial para viabilizar a expansão da energia limpa em escala global.

O Brasil se posiciona com uma significativa vantagem competitiva no cenário da energia limpa. Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aponta que 85% da matriz elétrica brasileira é sustentada por fontes renováveis, um índice bem superior à média mundial, que gira em torno de 40%. Desse total, as hidrelétricas ainda compõem a maior fatia. Contudo, Geraldo Iran Cardoso, Diretor da ABM – Regional Centro Norte, alerta que essa liderança pode ser erodida à medida que as maiores economias intensificam seus investimentos em fontes limpas, muitas vezes apoiadas por parcerias internacionais como as Just Energy Transition Partnerships, que facilitam o acesso a capital para investimentos em países em desenvolvimento.

O Brasil como Potencial Líder da Transição

Apesar da sua base energética favorável, o caminho para o Brasil se tornar um líder incontestável na transição energética exige a superação de vários desafios. Cenira Nunes elenca a necessidade de criar um ambiente de negócios atrativo para captar investimentos, fomentar a capacitação de engenheiros e técnicos, e promover a maturação dos marcos regulatórios. Além disso, aprimorar a infraestrutura de transmissão de energia é vital para garantir que a energia gerada em regiões produtoras chegue eficientemente aos polos industriais do país.

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Cardoso complementa que o protagonismo nacional pode ser fortalecido através de parcerias internacionais focadas no desenvolvimento de tecnologias aplicáveis à geração, armazenamento e transporte do hidrogênio verde. Este vetor energético, produzido através da eletrólise com eletricidade de fontes renováveis, como solar e eólica, pode ser um grande diferencial para o Brasil. “A grande extensão territorial do Brasil, associada à matriz elétrica nacional, facilitaria a geração de volumes consideráveis de hidrogênio verde”, afirma Cardoso. Isso abriria caminho para o Brasil exportar energia limpa e gerar divisas, atendendo à alta demanda de países desenvolvidos.

Estratégias para Alavancar o Protagonismo

Para consolidar-se como um dos principais fornecedores de energia verde, o Brasil necessita de ações coordenadas. Cardoso enfatiza a importância de definir políticas públicas claras que incentivem parcerias internacionais para financiar instalações no país. É igualmente crucial ser ágil na implementação de um marco regulatório ambiental e de segurança que abranja toda a cadeia produtiva e de comercialização de energia. A agilidade regulatória é um fator decisivo para destravar o potencial de investimento e acelerar a adoção de novas tecnologias no setor.

A discussão sobre a COP30 coloca o Brasil no centro das atenções globais sobre sustentabilidade e descarbonização. Aproveitar este momento para solidificar a infraestrutura e o arcabouço regulatório é fundamental para garantir que o país não apenas mantenha sua vantagem na matriz de geração, mas se torne um exportador chave de soluções de energia limpa, como o hidrogênio verde, transformando seu potencial natural em liderança estratégica no mercado energético futuro.

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