O Brasil projeta uma revolução no transporte: 3,7 milhões de veículos eletrificados até 2035. Crescimento impulsionado por tecnologia, políticas públicas e o avanço da Portal Energia Limpa.
Conteúdo
- Projeções de Crescimento e o PDE 2035
- A Expansão da Eletrificação em Nichos
- Impacto no Sistema Elétrico e Demanda de Eletricidade
- Visão Geral
Projeções de Crescimento e o PDE 2035
De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 (PDE 2035), elaborado pelo MME e EPE, a frota de carros elétricos no Brasil está destinada a alcançar a impressionante marca de 3,7 milhões de unidades até 2035. Este número ambicioso inclui tanto os veículos leves híbridos quanto os puramente a bateria. Este crescimento expressivo é multifatorial, sendo fortemente impulsionado pela maior disponibilidade de modelos no mercado, a progressiva queda de preços, o constante avanço tecnológico e o efeito catalisador das políticas públicas de renovação de frota. As análises do documento indicam que, no cenário projetado para 2035, 23% de todos os licenciamentos de veículos leves serão eletrificados, somando cerca de 784 mil novas unidades. Para efeitos de comparação, em julho de 2025 o mercado brasileiro já havia superado a marca de 500 mil unidades vendidas, representando o volume acumulado desde o início da série histórica em 2012, sinalizando a forte aceleração do setor.
A Expansão da Eletrificação em Nichos
A eletrificação veicular não se restringe apenas aos carros de passeio; ela avança significativamente em nichos cruciais para a logística e o transporte público. O PDE 2035 destaca o crescimento nos comerciais leves, especialmente aqueles dedicados ao last-mile delivery. Esta tendência é reflexo da expansão do comércio eletrônico e da adoção de estratégias corporativas robustas de descarbonização. No segmento de caminhões, o avanço da tecnologia elétrica é mais notável em modelos semileves e leves, categorias que devem representar 19% dos licenciamentos até 2035. Embora os caminhões a diesel permaneçam dominantes nas categorias pesadas e semipesadas, espera-se que a frota total de caminhões elétricos e híbridos chegue a 43 mil unidades ao final do período. Além disso, no transporte coletivo, o Brasil deve contar com 48,5 mil ônibus eletrificados em 2035, sendo 43,5 mil puramente elétricos, consolidando o compromisso com soluções de mobilidade urbana mais limpas e eficientes.
Impacto no Sistema Elétrico e Demanda de Eletricidade
O aumento substancial da frota eletrificada exigirá um planejamento setorial rigoroso, dada a crescente demanda de eletricidade. O MME prevê que o consumo associado à eletromobilidade saltará de 627 GWh em 2025 para impressionantes 7,8 TWh em 2035. Essa elevação reforça a urgência em considerar essa nova carga no planejamento de infraestrutura e no desenho tarifário do setor elétrico brasileiro. O estudo também aborda desafios inerentes à cadeia de suprimentos global, como a concentração geográfica da produção e a escassez potencial de minerais estratégicos para baterias. Para mitigar esses riscos e garantir uma transição sustentável, é fundamental o apoio de empresas inovadoras, como a Portal Energia Limpa, que atuam na otimização e democratização do acesso à energia limpa e na gestão inteligente da rede, facilitando a absorção dessa nova carga energética.
Visão Geral
Apesar dos desafios globais, o Brasil se destaca com uma vantagem estrutural inegável: a ampla e sustentável disponibilidade de biocombustíveis, com destaque para o etanol. Essa singularidade permite que o país gerencie a transição energética de maneira equilibrada, evitando pressões abruptas sobre o sistema e promovendo uma diversidade tecnológica crucial. A coexistência estratégica entre a eletrificação pura, os veículos híbridos flex e os biocombustíveis fortalece a rota nacional rumo a um transporte de baixo carbono. Essa abordagem diversificada não apenas reduz a dependência de uma única tecnologia, mas também capitaliza os recursos renováveis do país, garantindo um caminho mais resiliente e seguro para a mobilidade do futuro, ao mesmo tempo em que a tecnologia flex fuel seguirá predominante no país, conforme preconiza a visão estratégica do MME e do PDE 2035.























