76% valorizam uso de energia renovável, mas apenas 26% colocam em prática

Brasil Domina a Energia Limpa: 1,4 GW Renovável Consolida Liderança em Setembro
Brasil Domina a Energia Limpa: 1,4 GW Renovável Consolida Liderança em Setembro - Foto: Reprodução / Freepik
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Um estudo recente revelou uma notável disparidade entre a intenção e a ação dos brasileiros em relação às práticas sustentáveis, com a energia renovável destacando-se pelo maior contraste entre o que é valorizado e o que é efetivamente implementado em suas rotinas.

O estudo “ESG Trends 2025”, conduzido no Brasil pela Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Mercado, trouxe à tona uma importante reflexão sobre os hábitos sustentáveis: a diferença entre o que os brasileiros consideram importante e o que realmente praticam diariamente. Mesmo com uma alta taxa de preocupação declarada com o meio ambiente, os dados indicam que essa consciência nem sempre se traduz em ações concretas. O tema da energia renovável apresenta a maior lacuna, com 76% dos respondentes afirmando valorizar seu uso, mas apenas 26% de fato a adotando, gerando um hiato de 50 pontos percentuais, o maior entre os 24 hábitos sustentáveis analisados na pesquisa realizada em 13 países.

Essa discrepância significativa é multifatorial, conforme aponta Silvio Pires de Paula, fundador e presidente da Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Mercado. Ele justifica que o cenário é influenciado pelo acesso restrito a fornecedores de energia limpa, o custo percebido como mais elevado e a carência de informações sobre alternativas viáveis para residências e pequenos negócios. Enquanto isso, ações mais simples, como evitar o desperdício de alimentos e reduzir o consumo geral de energia, já estão bem estabelecidas no cotidiano da população. De Paula expressa otimismo quanto à reversão desse quadro no Brasil, dada a matriz energética já majoritariamente limpa, o potencial de expansão dos programas de energia solar e a possibilidade de migração dos consumidores para o mercado livre de energia. O desafio, segundo ele, é tanto tecnológico quanto cultural e informativo, pois a população demonstra vontade de contribuir, mas carece de orientação prática sobre como fazê-lo.

Mudanças Regulatórias e o Impacto na Prática Sustentável

A expectativa é que o cenário comece a mudar com a introdução de novas regulamentações. Adriana Hansen, Diretora de Sustentabilidade do CTE (Centro de Tecnologia de Edificações), destaca a nova resolução CGIEE número 4, aprovada recentemente. Esta resolução tornará obrigatória a etiquetagem de edificações quanto ao seu consumo de energia, a partir de 2027 para prédios públicos e, posteriormente, a partir de 2030, para edificações privadas. Esta medida visa aumentar a transparência e incentivar a eficiência energética, impactando diretamente a adoção de práticas mais sustentáveis na construção civil e no uso dos edifícios.

O Fator Financeiro nos Hábitos do Consumidor

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Quando se analisam os hábitos sustentáveis mais praticados pelos brasileiros, um padrão se destaca: as atitudes que geram um reflexo direto no orçamento pessoal tendem a ser as mais adotadas. O estudo coloca no topo do ranking ações como evitar o desperdício de alimentos, praticado por 87% dos entrevistados, seguido pela redução do consumo de energia (80%) e a compra apenas do estritamente necessário (67%). Isso demonstra uma forte correlação entre a consciência ambiental e o benefício financeiro imediato percebido pelo consumidor.

Silvio de Paula observa que, embora os brasileiros sejam conscientes da importância da mudança de comportamento para mitigar impactos ambientais, a adesão é significativamente maior quando há uma percepção financeira clara, como no caso do combate ao desperdício de alimentos.

“No entanto, percebemos que isso é bem mais presente quando há reflexo direto em seu bolso, como desperdício de alimentos. Quando não há essa percepção tão clara do ponto de vista financeiro, a prática ainda é mais tímida”*, explica de Paula.

Metodologia e Abrangência do Estudo ESG Trends 2025

O estudo “ESG Trends 2025” é um levantamento comparativo internacional, monitorando pontos de percepção sobre ESG em 13 países distribuídos pela América do Norte, Europa e Ásia. No Brasil, a coleta e análise foram lideradas pela Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Mercado. Globalmente, os dados agregados são gerenciados pela Global Market Research, que possui membros pesquisadores em cada nação participante. A pesquisa foi conduzida utilizando as metodologias CAWI (Computer Assisted Web Interviewing) e CAPI (Computer Assisted Personal Interviews). Foram realizadas 7.298 entrevistas, com captação de dados ocorrendo entre 10 de julho e 15 de agosto de 2025, apresentando uma margem de erro de 1,15 p.p. para mais ou para menos.

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