Capacidade Energética Região Norte em 80%

Complexo tem capacidade instalada de 165 megawatts em uma área de 304 hectares
Complexo tem capacidade instalada de 165 megawatts em uma área de 304 hectares - Foto: Carlos Gibaja | Governo do Ceará
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Dados do ONS revelam a situação dos reservatórios elétricos brasileiros, destacando variações regionais e a capacidade de geração.

Conteúdo

Situação Energética na Região Norte e Queda de Reservatórios

A Região Norte registrou uma modesta retração no último domingo, 12 de outubro, conforme detalhado no boletim emitido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A queda observada foi de 0,2 ponto percentual, indicando uma ligeira diminuição na capacidade operacional dos seus reservatórios. Atualmente, este subsistema opera com 80% de sua capacidade total de armazenamento. A energia armazenada totaliza 12.238 MW mês, enquanto a Energia Natural Afluente (ENA) se posiciona em 1.149 MW med, o que representa 55% da Média de Longo Termo (MLT) esperada para o período. A UHE Tucuruí, um marco na geração da região, mantém-se em um patamar satisfatório, operando com 70,88% de sua capacidade, o que é crucial para a segurança energética do Norte.

A análise detalhada dos indicadores revela a dinâmica do sistema elétrico regional. Embora a queda de 0,2 p.p. não seja alarmante, ela sinaliza a necessidade de monitoramento contínuo das afluências hídricas na Região Norte. A relação entre a energia armazenada e a ENA fornece um panorama sobre a capacidade de geração futura e a dependência das chuvas recentes. Com 80% de utilização dos reservatórios, o sistema mantém uma margem razoável, mas a performance de grandes usinas como a UHE Tucuruí é fundamental para estabilizar os níveis. A otimização da operação hidrelétrica é uma prioridade constante para garantir a oferta de energia no Norte do país, evitando sustos com a segurança do suprimento.

Desempenho do Subsistema Nordestino e Afluências

O subsistema do Nordeste também enfrentou uma ligeira redução em seus níveis, espelhando a variação observada no Norte, com uma diminuição de 0,2 p.p. no percentual de armazenamento. Este subsistema opera atualmente com 52,2% de sua capacidade total. Em termos absolutos, a energia armazenada atinge 26.973 MW mês. Um dado importante para o planejamento energético é a Energia Natural Afluente (ENA) computada, que soma 1.242 MW med, correspondendo a 39% da MLT projetada para a região. A usina hidrelétrica de Sobradinho, vital para o Nordeste, exibe um nível de armazenamento de 45,12%, um indicador que exige atenção redobrada devido à histórica variabilidade hídrica da área.

A baixa porcentagem de armazenamento no Nordeste, ligeiramente acima da metade da capacidade, exige cautela na gestão dos recursos hídricos. A dependência da ENA, que se situa abaixo da média de longo prazo (39% da MLT), reforça a necessidade de diversificação das fontes de geração na região, complementando a energia hídrica. O desempenho de Sobradinho a 45,12% é um ponto focal, pois esta hidrelétrica é crucial para abastecer vários estados nordestinos. O monitoramento constante desses parâmetros permite ao ONS tomar decisões estratégicas sobre a geração termelétrica e a otimização das descargas, visando sempre a segurança do suprimento elétrico.

Estabilidade no Sudeste e Centro-Oeste: Níveis Consistentes

Em contraste com as quedas observadas em outras regiões, o complexo Sudeste e Centro-Oeste apresentou níveis estáveis em seus reservatórios, mantendo-se em 47,5% da capacidade total. Esta estabilidade é um bom sinal para o sistema interligado nacional, visto que esta área concentra grande parte da demanda de energia do país. A energia armazenada nesta região é substancial, totalizando 97.099 MW mês. A ENA registrada é de 12.759 MW med, representando 44% da MLT. Dentro deste subsistema, grandes usinas como Furnas admitem um nível de 38,6%, enquanto a usina de Itumbiara se encontra em patamar superior, marcando 47,68%, o que contribui significativamente para a resiliência da operação.

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A estabilidade observada no Sudeste e Centro-Oeste é fundamental para o equilíbrio do Sistema Interligado Nacional (SIN), dado seu elevado consumo. Embora os 47,5% de capacidade não sejam um nível alto, a constância nos últimos relatórios sugere uma operação controlada e alinhada com as previsões hidrológicas. A ENA em 44% da MLT indica que as afluências estão próximas do esperado para o período, permitindo que usinas estratégicas, como Furnas e Itumbiara, contribuam de forma previsível. A gestão coordenada destas usinas garante que o suprimento de energia para os maiores centros urbanos e industriais do Brasil seja mantido sem grandes oscilações de preço ou risco de interrupção.

Níveis Elevados na Região Sul: Reservatórios Cheios

A Região Sul se destaca positivamente, apresentando níveis estáveis e bastante confortáveis, operando com 90,4% de sua capacidade de armazenamento. Este é o patamar mais elevado entre as regiões analisadas, oferecendo uma robusta margem de segurança energética. A energia armazenada na região soma impressionantes 18.500 MW mês. A ENA é forte, atingindo 14.119 MW med, o equivalente a 61% da Média de Longo Termo armazenável até o dia. As usinas hidrelétricas (UHEs) da região demonstram excelente desempenho; a UHE G.B Munhoz funciona com 97,35%, e a Passo Fundo opera com 92,55%. Estes altos índices refletem um período hidrológico favorável na área.

A performance da Região Sul é um pilar de segurança para o sistema elétrico nacional, especialmente com os reservatórios operando a 90,4%. Uma ENA que supera a média de longo prazo em 61% indica que a reposição hídrica tem sido mais intensa que o histórico recente, permitindo a operação plena das grandes usinas. A alta capacidade de armazenamento em G.B Munhoz e Passo Fundo significa que a região pode suprir grande parte de sua demanda e até auxiliar outros subsistemas, caso necessário. Este cenário na Região Sul reduz a pressão sobre as fontes de geração térmica e mitiga preocupações com o custo da energia no curto e médio prazo.

Visão Geral

Em resumo, os dados mais recentes do ONS mostram um cenário misto no sistema elétrico brasileiro. Enquanto a Região Sul se destaca com reservatórios quase cheios (90,4%) e forte ENA, o Sudeste/Centro-Oeste mantém a estabilidade em níveis moderados (47,5%). As regiões Norte e Nordeste registraram quedas de 0,2 p.p., com o Nordeste apresentando o menor índice de armazenamento (52,2%), dependendo da performance de Sobradinho. O monitoramento da Energia Natural Afluente (ENA) em relação à MLT é crucial para prever a necessidade de acionamento de fontes complementares. A segurança energética depende da manutenção desses níveis e da resposta das grandes UHEs em cada subsistema, garantindo o suprimento contínuo de energia em todo o território nacional.

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