A expansão da geração distribuída no Brasil trouxe consigo um desafio cada vez mais comum para integradores e consumidores: a inversão de fluxo.
O fenômeno, que ocorre quando a energia gerada pelo sistema fotovoltaico excede o consumo local e é injetada na rede, tem levado à reprovação de diversos projetos pelas concessionárias de energia, especialmente nos estados do Sul e Sudeste.
Para mitigar esse problema, a Fotus passa a oferecer novos modelos de medidores inteligentes (smart meters), ampliando as opções já existentes no mercado e colocando-os à disposição dos integradores em todo o Brasil.
Os equipamentos têm como principal função medir e controlar a injeção de potência, garantindo que a energia seja consumida localmente ou exportada dentro dos limites estabelecidos, evitando assim a chamada inversão de fluxo.
Na prática, o uso do medidor inteligente permite que o sistema solar opere de forma estável e em conformidade com as normas técnicas exigidas pelas distribuidoras. Ao monitorar em tempo real a relação entre geração e consumo, o dispositivo ajusta o desempenho dos inversores, assegurando que a energia não ultrapasse o ponto permitido.
Modelos Goodwe e Solplanet reforçam a confiabilidade do sistema
O lançamento contempla modelos das marcas Goodwe e Solplanet, dois fabricantes já reconhecidos no setor. Entre as opções da Goodwe estão o GM330, indicado para sistemas com um único inversor trifásico, e o SEC1000, que pode gerenciar múltiplos inversores em paralelo. Ambos se destacam pela precisão de medição de 0,5% e pela comunicação via RS485, recursos que ampliam a confiabilidade do monitoramento.
Já a linha Solplanet traz os modelos Eastron V2 e Eastron V2 MID, voltados para sistemas monofásicos e trifásicos. Compatíveis com a tecnologia Grid Zero, eles possibilitam que toda a energia gerada seja consumida no local, sem exportação à rede, funcionalidade cada vez mais solicitada por concessionárias em regiões críticas.
De acordo com Breno Taliule, Coordenador de Supply Chain da Fotus, a necessidade de soluções como os medidores inteligentes é mais evidente em estados como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo, onde a incidência de inversão de fluxo é mais recorrente. Nestes locais, o risco de reprovação de projetos por parte das distribuidoras tem gerado preocupação entre integradores e consumidores.
“Os medidores inteligentes chegam para preencher uma lacuna importante no mercado. Eles não apenas evitam a inversão de fluxo e a consequente reprovação de projetos, como também oferecem um monitoramento mais preciso do consumo e da geração. Isso contribui para que os integradores entreguem sistemas mais seguros e em conformidade com as exigências das concessionárias”, explica Breno.
Além de reduzir riscos técnicos e regulatórios, os equipamentos podem se tornar aliados estratégicos para empreendimentos com alta simultaneidade de consumo, segmentos nos quais a gestão detalhada da energia é fundamental.