A GRECA Asfaltos, empresa paranaense com atuação nacional, tem se destacado no mercado brasileiro ao aliar crescimento sólido a soluções sustentáveis.
A companhia é pioneira no uso de asfalto modificado com borracha de pneu, transformando passivos ambientais em pavimentos mais duráveis.
Nos últimos anos, a GRECA Asfaltos ampliou significativamente sua presença no mercado brasileiro, elevando seu market share de 16,66% em 2021 para 20,58% em 2025 (dados parciais). A expectativa é alcançar até 30% em 2026 e seguir líder absoluta no segmento de asfalto modificado com borracha de pneu, onde já detém 57,63% de participação.
A empresa paranaense com atuação nacional consegue aliar crescimento sólido a soluções sustentáveis que reduzem passivos ambientais bem antes da pauta climática ganhar espaço. Ainda no início dos anos 2000, a fabricante lançou e patenteou o ECOFLEX, asfalto modificado com pó de borracha proveniente de pneus inservíveis, que transforma passivos ambientais em pavimentos mais duráveis. Quase 25 anos depois, a tecnologia já foi responsável pela pavimentação de 27 mil km e evitou que cerca de 27 milhões de pneus poluíssem o meio ambiente.
Para Alexandre Castanho, diretor de Desenvolvimento de Negócios da GRECA Asfaltos, pensar nesses processos não é uma alternativa, mas uma necessidade.
“Não se trata apenas de reduzir impactos, mas de assumir o compromisso de liderar uma transformação que o setor todo precisa enfrentar. Ao unir tecnologia e sustentabilidade, a GRECA mostra que é possível construir soluções inovadoras que beneficiam o meio ambiente e a sociedade” , afirma.
Reciclagem asfáltica: milhares de caminhões a menos
Foi com essa premissa que a companhia começou a trabalhar a técnica da reciclagem asfáltica, usando o pavimento antigo fresado (retirado) na recomposição da base de um novo pavimento. Como resultado, a cada quilômetro do processo, 1,5 milhão de metros cúbicos de material deixam de ser descartados, e reduz a necessidade de milhares de caminhões carregados que iriam para os chamados bota-foras. Isso significa, ainda, menos emissões e menos poluição.
A primeira aplicação aconteceu em uma rodovia sob jurisdição do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Oeste de Santa Catarina, em um trabalho conjunto da GRECA com a Neovia Engenharia, empresa da Região Metropolitana de Curitiba. O engenheiro Maicon Ricardo Mazuco, da Neovia, destaca que a técnica alia ganhos ambientais, econômicos e técnicos.
“Estamos falando de uma solução que reduz significativamente as emissões de carbono, além de garantir desempenho técnico em resistência e durabilidade, com resultados muito positivos em ensaios que comprovam a resistência, durabilidade e segurança do pavimento. Do ponto de vista econômico, trata-se de uma alternativa eficiente, que aproveita recursos já disponíveis e reduz custos de execução” , avalia.
O futuro nas ações de descarbonização
No ano passado, a GRECA deu início também a uma parceria com a startup mineira Abundance, que vem trabalhando em algumas frentes: nos cálculos das emissões e das compensações de carbono da produção; e na transformação áreas de preservação que a empresa já possui em ativos ambientais digitais, com monitoramento via IA, satélite e blockchain.
Hoje a empresa tem 211 hectares de florestas preservadas e restauradas, o que equivale a mais de 70 mil tCO₂ (toneladas de carbono) estocadas. Além de compensar integralmente suas emissões apenas com essas áreas verdes próprias, a GRECA Asfaltos prevê investir em eletrificação da frota e ampliar em 30% a produção de ECOFLEX até 2030. O movimento reforça o peso da agenda ESG em um setor considerado de alto impacto ambiental, mas estratégico para o desenvolvimento do país.