Xadrez Ministerial: Sabino e Fufuca driblam ruptura e seguem na cota pessoal de Lula
O governo brasileiro está passando por um momento de incerteza política, especialmente após o rompimento dos presidentes nacionais do PP e União Brasil, senador Ciro Nogueira e Antonio Rueda, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse rompimento foi motivado pelo vazamento de informações de que a Polícia Federal estaria investigando os dois líderes partidários. No entanto, apesar desse cenário de tensão, dois ministros desses partidos não têm a intenção de deixar o governo.
Investigações e Rompimento
O senador Ciro Nogueira nega as acusações de receber propina do Primeiro Comando da Capital (PCC) através de intermediários, que fazem parte da operação Carbono Oculto, uma investigação sobre um esquema bilionário de combustíveis. Já o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, também foi mencionado nas investigações da PF sobre a infiltração da facção criminosa PCC nos setores financeiro e de combustíveis no Brasil. Essas investigações são parte de um contexto maior de combate à corrupção e ao crime organizado no país.
Ministros e Licenças
Diante desse cenário, o ministro do Turismo, Celso Sabino, está negociando uma licença com a cúpula do União Brasil. Essa licença permitiria que ele se afastasse da legenda para permanecer no cargo até o dia 3 de abril, data limite para desincompatibilização caso ele deseje concorrer ao Senado pelo Pará em 2026. Após essa data, ele poderia voltar ao partido. Essa negociação tem o aval do presidente Lula, que sinalizou apoio a Sabino, permitindo que ele ficasse no governo dentro da cota pessoal do presidente e contasse com o apoio de Lula para disputar o Senado no ano seguinte.
Futuro Político
A situação de Celso Sabino é semelhante à do ministro do Esporte, André Fufuca, do PP, que também pretende seguir no governo Lula. Fufuca espera contar com o apoio do presidente nas negociações políticas de 2026. Esses movimentos políticos indicam que, apesar dos rompimentos partidários, há uma busca por estabilidade e apoio mútuo entre os atores políticos, visando às eleições futuras e ao fortalecimento de suas bases políticas.
Créditos: Agência Congresso
