O Cinema Brasileiro em Foco: 80 Filmes em Seis Mostras Diversificadas no 58º Festival de Brasília
O aguardado 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro acaba de divulgar sua programação oficial! Prepare-se para uma imersão no universo cinematográfico nacional entre os dias 12 e 20 deste mês. As exibições acontecerão no tradicional Cine Brasília, mas a festa do cinema se espalha também por Planaltina, Gama e Ceilândia, levando a magia da tela grande para mais perto de todos. Esta edição é ainda mais especial, pois celebra os 60 anos da primeira realização do Festival, que começou lá em 1965 como a “Semana do Cinema Brasileiro”, conforme registros da Agência Brasília. E as novidades não param por aí: para 2025, o Festival já promete um formato ainda mais robusto, com nove dias de atividades e mais filmes nas mostras competitivas.
Conheça as Seis Mostras do Festival
Neste ano, o Festival exibirá nada menos que 80 filmes, cuidadosamente selecionados e distribuídos em seis mostras principais. Temos as já consagradas Competitiva Nacional e Mostra Brasília, que sempre nos surpreendem com o melhor do cinema brasileiro. Além delas, quatro mostras paralelas prometem diversidade e novas perspectivas: a Caleidoscópio, o Festival dos Festivais, a Coletivas Identidades e a História(s) do Cinema Brasileiro. Para os pequenos cinéfilos, haverá também o Festivalzinho e diversas sessões especiais. As projeções acontecerão em múltiplos locais para garantir que mais pessoas possam participar: no Cine Brasília, no Complexo Cultural de Planaltina e nas unidades do Sesc no Gama e em Ceilândia.
Os Números e Prêmios do Festival
A concorrência foi grande! Um total de 1.702 filmes foram inscritos, sendo 1.396 curtas e 306 longas, demonstrando a efervescência da produção audiovisual brasileira. Desses, o Festival selecionou sete longas-metragens e 12 curtas para a Mostra Competitiva Nacional. A Mostra Brasília, dedicada às produções do Distrito Federal, contará com cinco longas e 11 curtas competindo pelo 27º Troféu Câmara Legislativa. Além disso, mais de 30 títulos compõem as mostras paralelas, garantindo uma programação rica e variada. Reconhecendo o trabalho dos cineastas, os selecionados para as mostras competitivas nacionais receberão cachês de R$ 30 mil para longas e R$ 10 mil para curtas. Filmes exibidos em mostras paralelas e sessões hors concours também serão remunerados. A Mostra Brasília, por sua vez, distribuirá um total de R$ 298.473,77 em prêmios, concedidos pelos júris oficial e popular.
Mergulhe nas Mostras Paralelas
As mostras paralelas são um capítulo à parte na programação do Festival, oferecendo experiências cinematográficas únicas:
- A Mostra Caleidoscópio apresentará cinco longas-metragens que ousam desafiar as fronteiras dos gêneros, transitando livremente entre ficção, não ficção, experimental e animação. As obras vêm de cinco estados brasileiros, prometendo um verdadeiro mosaico de estilos e narrativas.
- A tradicional Mostra Festival dos Festivais reúne cinco filmes de não ficção que já brilharam em outros importantes eventos de 2025, como a Mostra de Tiradentes e o Olhar de Cinema. Prepare-se para diferentes formatos, desde autorretratos até biografias envolventes.
- A Mostra Coletivas Identidades trará três trabalhos potentes e atuais, provocando discussões essenciais sobre questões sociais no Brasil e no mundo, como conflitos territoriais e religiosos.
- A Mostra História(s) do Cinema Brasileiro oferece uma viagem pelo passado e presente da nossa cinematografia, com três longas que não apenas registram gerações icônicas de cineastas, mas também apontam para novos rumos dessa trajetória.
Para celebrar os 60 anos, serão exibidos dois longas da “Semana do Cinema Brasileiro” de 1965: São Paulo S/A (em uma nova cópia 4K) e A Falecida, filme que consagrou a atuação de Fernanda Montenegro. Haverá também uma sessão especial com três curtas de Kleber Mendonça Filho, já exibidos em edições anteriores do Festival. Fora das mostras, o Cine Brasília sediará sessões especiais, prestando homenagens a figuras e obras fundamentais. A programação incluirá retratos de artistas como Cacá Diegues e Sérgio Mamberti, uma revisão do trabalho da Caravana Farkas e o mais recente filme de Lúcia Murat, que será agraciada com o Prêmio Leila Diniz.
Lista Completa dos Filmes Selecionados
A seguir, confira a lista completa dos filmes que farão parte desta edição especial do Festival:
Mostra Competitiva Nacional – Longas
- Morte e Vida Madalena, de Guto Parente (CE)
- Xingu à Margem, de Wallace Nogueira e Arlete Juruna (BA)
- Quatro Meninas, de Karen Suzane (RJ)
- Corpo da Paz, de Torquato Joel (PB)
- Aqui Não Entra Luz, de Karol Maia (MG)
- Assalto à Brasileira, de José Eduardo Belmonte (SP)
- Futuro Futuro, de Davi Pretto (RS)
Mostra Competitiva Nacional – Curtas
- Logos, de Britney (RS)
- Safo, de Rosana Urbes (SP)
- Dança dos Vagalumes, de Maikon Nery (PR)
- Faísca, de Bárbara Matias Kariri (AC)
- Laudelina e a Felicidade Guerreira, de Milena Manfredini (RJ)
- Boi de Salto, de Tássia Araújo (PI)
- Couraça, de Susan Kalik e Daniel Arcades (BA)
- A Pele do Ouro, de Marcela Ulhoa e Yare Perdomo (RR)
- Cantô Meu Alvará, de Marcelo Lin (MG)
- Ajude os Menor, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL)
- Replika, de Piratá Waurá e Heloisa Passos (MT)
- Fogo Abismo, de Roni Sousa (DF)
Mostra Brasília – Longas
- Vozes e Vãos, de Edileuza Penha de Souza e Edymara Diniz
- Mil Luas, de Carina Bini
- Maré Viva Maré Morta, de Claudia Daibert
- A Última Noite da Rádio, de Augusto Borges
- Menino, Quem Foi Seu Mestre?, de Rafael Ribeiro Gontijo e Sandra Bernardes
Mostra Brasília – Curtas
- Notas sobre a Identidade, de Marisa Arraes
- Dizer Algo sobre Estar Aqui, de Vaga-Mundo: Poéticas Nômades
- O Bicho que Eu Tinha Medo, de Jhonatan Luiz
- A Brasiliense, de Gabmeta
- O Fazedor de Mirantes, de Betânia Victor e Lucas Franzoni
- Rainha, de Raul de Lima
- Terra, de Leo Bello
- Dois Turnos, de Pedro Leitão
- Três, de Lila Foster
- O Cheiro do Seu Cabelo, de Clara Maria Matos
- Rocha: Substantivo Feminino, de Larissa Corino e Patrícia Meschick
Mostra Caleidoscópio
- Nosferatu, de Cristiano Burlan
- Palco Cama, de Jura Capela
- Atravessa Minha Carne, de Marcela Borela
- Uma Baleia Pode Ser Dilacerada como uma Escola de Samba, de Marina Meliande e Felipe M. Bragança
- Nimuendajú, de Tania Anaya
Mostra Festival dos Festivais
- Cais, de Safira Moreira
- A Mulher sem Chão, de Auritha Tabajara e Débora McDowell
- Vasta Natureza de Minha Mãe, de Aristótelis Tothi e Inez dos Santos
- As Travessias de Letieres Leite, de Iris de Oliveira e Day Sena
Mostra Coletivas Identidades
- Pau d’Arco, de Ana Aranha
- Notas sobre um Desterro, de Gustavo Castro
- A Voz de Deus, de Miguel Antunes Ramos
Mostra História(s) do Cinema Brasileiro
- Relâmpagos de Críticas, Murmúrios de Metafísicas, de Julio Bressane e Rodrigo Lima
- Os Ruminantes, de Tarsila Araújo e Marcelo Mello
- Anti-Heróis do Udigrudi Baiano, de Henrique Dantas
Sessões especiais
- Sérgio Mamberti – Memórias do Brasil, de Evaldo Mocarzel
- Para Vigo Me Voy, de Lírio Ferreira e Karen Harley
- O Nordeste sob a Caravana Farkas, de Arthur Lins e André Moura Lopes
- Hora do Recreio, de Lúcia Murat (Prêmio Leila Diniz)
- Ontem, Hoje e Amanhã e O Cego Estrangeiro, de Marcius Barbieri
- O Socorro não Virá, de Cibele Amaral
60 Anos do Festival de Brasília
- São Paulo S/A, de Luiz Sérgio Person
- A Falecida, de Leon Hirszman
- Vinil Verde, Noite de Sexta, Manhã de Sábado e Recife Frio, de Kleber Mendonça Filho
Clássicos Brasileiros
- Terceiro Milênio, de Jorge Bodanzky e Wolf Gauer
- A Lenda de Ubirajara, de André Luiz Oliveira
- Viramundo, de Geraldo Sarno; Nossa Escola de Samba, de Manuel Horacio Giménez; Hermeto, Campeão, de Thomaz Farkas
Homenagem a Jean-Claude Bernardet
- Mensagem de Sergipe
- O Homem do Fluxo
- Vim e Irei como uma Profecia
- Homenagem a Kiarostami
Festivalzinho
- Quando a Gente Menina Cresce, de Neli Mombelli
- Hacker Leonilia, de Gustavo Fontele Dourado
- Notícias da Lua, de Sérgio Azevedo
- A História de Ayana, de Cristiana Giustino e Luana Dias
- Seu Vô e a Baleia, de Mariana Elisabetsky
- Baú, de Matheus Seabra e Vinicius Romadel.
Visão Geral
O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro se consolida como um marco na celebração do nosso cinema. Com uma programação rica e diversificada, distribuída em várias mostras e locais, o Festival não só honra sua longa trajetória de seis décadas, mas também aponta para o futuro da produção audiovisual brasileira. Ao premiar e exibir uma vasta gama de filmes, desde os já consagrados até as novas vozes, o evento reafirma seu papel crucial no fomento, na crítica e na difusão da arte cinematográfica nacional, convidando a todos a participar dessa festa cultural.
Créditos: Misto Brasil
