Com a Amazônia como protagonista, evento internacional defende ação coletiva e novos paradigmas para a transição climática e social para além da COP30.
Belém, setembro de 2025 – O primeiro dia do Encontro+B Amazônia 2025 foi marcado por 18 ativações entre palestras, painéis e rodas de debate, abordando temas como empreendedorismo na floresta, protagonismo indígena, direitos humanos, trabalho justo, justiça climática e cases de empresas B. O evento foi palco do anúncio de novos critérios de avaliação para empresas de impacto, reforçando a liderança responsável e alinhando-se ao Balanço Ético Global e à COP30.
Entre as iniciativas, destacaram-se projetos de empresas como Natura, Tucum e CookMaster, que promovem empreendedorismo na floresta, conectando negócios locais com o mercado global e valorizando comunidades que cuidam do território há séculos.
“A Amazônia não é apenas um bioma; é um sistema vivo que regula o clima do planeta e garante o equilíbrio da vida. O verdadeiro impacto só existe se as soluções forem desenhadas junto com as comunidades que já cuidam desse território há séculos”, Cinthia Gherardi, co-CEO do Sistema B Brasil
Novos Padrões de Certificação do Sistema B
Já o Sistema B anunciou a mudança na lógica de certificação, substituindo o modelo de 80 pontos por requisitos mínimos em sete áreas essenciais:
* Propósito e Governança das Partes Interessadas
* Trabalho Justo
* Justiça, Equidade, Diversidade e Inclusão (JEDI)
* Direitos Humanos
* Ação Climática
* Gestão Ambiental e Circularidade
* Assuntos Governamentais e Ação Coletiva
O objetivo é garantir que empresas avancem de forma equilibrada em todas as dimensões de impacto, elevando padrões e reforçando a liderança responsável.
“Os Padrões B são mais que uma metodologia de avaliação: eles são um pacto coletivo de elevação do nível. Representam a convergência de milhares de empresas que decidiram ser parte ativa da solução e ajudam a redefinir o que a sociedade pode esperar de qualquer organização”, afirma Francisco “Pancho” Murray, diretor executivo do Sistema B Internacional.
“Empresa B, a Danone acredita que o setor privado tem um papel essencial na transição socioambiental. A Jornada Flora é prova disso: conseguimos reduzir 47% das emissões de CO₂eq e aumentar em 14% a renda dos produtores de leite. Isso mostra que é possível cuidar da saúde das pessoas e do planeta com ações concretas, mensuráveis e escaláveis, enquanto aumentamos nossa resiliência climática e impacto social. O Encontro +B é o espaço ideal para ampliar esse diálogo ecossistêmico rumo à COP30”, Mário Rezende, VP de Operações e Sustentabilidade da Danone Brasil.
Ação Coletiva Global e Diálogos Éticos
O encontro também destacou a importância da ação coletiva global e do Balanço Ético Global, com a participação de líderes internacionais de diversos continentes. O objetivo é promover diálogos éticos sobre transições justas, economia regenerativa e implementação de metas de mitigação e adaptação, além de consolidar a COP30 do Brasil como referência em implementação de políticas climáticas e sociais.
A Amazônia como Pilar para um Futuro Sustentável
Em mensagem gravada, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reforçou a Amazônia como pilar vital para um futuro sustentável e incentivou o compromisso coletivo:
“A maior floresta tropical do planeta merece toda a atenção e aproveitamento inteligente e sustentável de tudo o que nos oferece. É muito importante quando o setor econômico se lança a fazer sua parte na construção de uma transição socialmente justa, ressignificando a ideia de prosperidade e criando ciclos virtuosos entre economia, natureza e sociedade.”
O evento continua nesta quinta-feira, dia 4 de setembro, com mais palestras, painéis e trocas com os participantes.
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